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Preços de ingredientes impactam nas vendas de comidas

Preços de ingredientes impactam nas vendas de comidas Preços de ingredientes impactam nas vendas de comidas Preços de ingredientes impactam nas vendas de comidas Preços de ingredientes impactam nas vendas de comidas
A vendedora de comidas no Ver-o-Peso Enilse Ribeiro tem a esperança de que reduza mais os preços dos produtos FOTO: Mauro Ângelo
A vendedora de comidas no Ver-o-Peso Enilse Ribeiro tem a esperança de que reduza mais os preços dos produtos FOTO: Mauro Ângelo

Pryscila Soares

A cesta básica comercializada em Belém voltou a sofrer reajustes em maio deste ano. De acordo com uma pesquisa recente efetuada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará), o custo médio da alimentação foi de R$ 669,80, apresentando uma alta de 1,37% em relação ao mês anterior (veja mais no box ao lado).

A boieira Enilse Ribeiro, 44, que atua há 26 anos na feira do Complexo Ver-o-Peso, em Belém, percebeu os reajustes e, para não ficar no prejuízo, também elevou os valores de alguns pratos comercializados no box. “Senti o aumento da farinha, feijão, óleo e até do arroz. Agora que deu uma baixada, graças a Deus. O tomate e a cebola também subiram bastante. Mas a gente não repassou muito para os consumidores. A nossa esperança era baixar como está acontecendo”, disse.

Estratégias

A autônoma conta que utiliza algumas estratégias para agradar a clientela. “A gente serve bastante dourada com camarão, filhote com camarão, camarão ao alho e óleo, chapa mista. Mantivemos a quantidade e se o cliente quiser mais feijão, arroz, farofa, a gente não cobra a mais. A gente espera que os preços continuem caindo, até porque também somos consumidores. Só com peixe, a gente gasta em média de R$ 200 a R$ 300 por dia”, afirma.

O acadêmico de direito Adolfo Linhares, 32, não dispensa tomar um açaí com acompanhamentos como o camarão e o charque frito, na feira do Ver-o-Peso. Mas ele notou uma elevação nos preços nos últimos meses. “Agora há pouco a gente estava falando a respeito disso, que comprávamos a porção por R$ 17 ou R$ 18 e agora está entre R$ 25 e R$ 30”, pontua.

Pesquisa

O conjunto de produtos também acumulou a alta de 4,75% nos cinco primeiros meses deste ano, segundo o Dieese, um percentual acima da inflação calculada para o período, em torno de 3%.

O tomate, que apresentou um reajuste de 9,90%, o leite (4,80%), feijão (2,48%), manteiga (1,37%) e a farinha de mandioca (0,40%) estão entre os alimentos que elevaram de preço no mês passado. No mesmo mês, outros produtos reduziram como o óleo de soja (-12,30%), arroz (-6,84%), açúcar (-1,22%), carne bovina (-1,09%), entre outros.

Contudo, diversos produtos acumularam alta nos cinco primeiros meses do ano, com destaque para o feijão (32,02%), seguido da farinha de mandioca (15,17%), arroz (10,45%), manteiga (9,03%), leite (8,64%), tomate (7,76%), banana (3,98%) e o pão (1,12%).