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Mesmo sem torcida, Paysandu promete fazer sua parte, amanhã, contra o Floresta-CE

Tylon Maués

Bem que o Paysandu tentou reverter a pena imposta pela Justiça Desportiva, mas o jogo de amanhã contra o Floresta-CE, assim como foi o anterior na Curuzu, o empate em 1 a 1 com o São Bernardo-SP, será mais uma vez com o Leônidas Castro de portões fechados aos torcedores. O departamento jurídico bicolor tentou junto com a Defensoria Pública do Pará um pedido para que mulheres e crianças tivessem acesso ao estádio neste domingo, mas membros do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediram vistas ao processo, o que inviabilizou o pedido.

“Fica mais difícil sem o nosso torcedor, é nosso 12º jogador e infelizmente ele não estará aqui, mas temos que fazer a nossa parte para todos ficarem satisfeitos”, comentou o meia João Vieira, com o Paysandu tendo que vencer para se afastar da zona de rebaixamento. A punição é devido a confusão no estádio Orlando Scarpelli, no quadrangular decisivo da Série C do ano passado, quando as torcidas do Paysandu e do Figueirense-SC entraram em conflito na arquibancada. O árbitro da partida, Bruno Arleu de Araújo, informou que uma cadeira, três baquetas e uma bomba foram lançadas por torcedores bicolores em reservas do Figueira e na torcida adversária. Os dois clubes foram punidos.

Pode ter pesado no pedido de vistas o fato de que houve confusão causada pelos torcedores do Paysandu no jogo contra o Operário –PR, dia 7 de junho. Todos os detalhes da confusão foram relatados na súmula da partida. Na ocasião, os familiares de João Vieira estavam no estádio Germano Krüger e passaram momentos difíceis. “Futebol e violência não combinam. Contra o Operário parte da minha família estava no estádio e teve que sair correndo. São situações que não combinam. Quando nossos torcedores estão conosco, fazendo a festa deles, é difícil nos vencer. Sem eles, temos que aproveitar que conhecemos o campo e que é a nossa casa”, disse o jogador.

IMPROVISADO DE NOVO – Possivelmente João Vieira atuará como lateral-direito mais uma vez amanhã, posição que vem jogando cada vez mais nas últimas partidas. Para ele, algo que não é mais novidade, embora se diga um homem do setor intermediário do campo. “Sou meio-campista de origem, mas independentemente da posição eu faço o melhor para o clube. Eu defendo as cores do Paysandu e sei da fase em que estamos. Estou me aprimorando na lateral, acho que tenho valências para jogar ali”.

Para amanhã, contra o Floresta-CE, o meia/lateral diz que não é tempo de pensar em como e sim em vencer, seja de que forma for. “Temos que vencer. Sabemos onde estamos e para conseguir nosso objetivo maior temos que vencer e para agora. Esses onze jogos têm que ser encarados como decisões, todos eles. Só assim conseguiremos a classificação. Temos que vencer, seja como for, na raça, na tática, não importa como. Só assim para ganharmos tranquilidade para encaixar melhor esse time”, finalizou João.