Banzé: Festival estreia com exaltação à cultura afro-amazônica

Da Redação

De origem africana, da língua Yorubá, “Banzé” pode significar algo como barulhento, festa ruidosa, festa popular e folia. Esses conceitos todos se unem na proposta do Festival Banzé, que promete fazer “barulho” neste sábado para valorizar as influências africanas na cultura e identidade amazônica. Os artistas Jeff Moraes, Diogo Rosa, Iara Mê e a DJ Jack Sainha são o casting do evento, que ocorre na casa de show Porto Palmeiraço.

O festival busca exaltar essa ancestralidade cultural afro-brasileira, com uma programação musical protagonizada por artistas negros e negras, cujas obras resgatam as raízes africanas, negras, indígenas por meio da música e da arte.

“Queremos promover o encontro da música preta, regional e brasileira mostrando um pouco de toda essa diversidade nas artes que temos na nossa cidade. Trazemos para o evento, a experiência e amadurecimento que já temos com o Samba de Zé, que levou a cultura do samba e da afro religiosidade para as ruas da Cidade Velha. O Banzé é a expansão dessa ideia e da cultura de terreiro para a cultura afro-amazônica mais pop, atual”, destaca a idealizadora do evento, Jeisiane Lima.

A programação começa às 20h, com a Dj Jack Sainha esquentando a pista com discotecagem de afrobrasilidades e regionalidades. Depois, às 21h30, Iara Mê e sua Banda Lua, composta por Gustavo Guerreiro (voz e violão), Elder Bass (baixo) e João Paulo (bateria), comandam a festa. Em seguida, por volta de 23h20, Diogo Rosa sobe ao palco com o projeto “Amor e Samba”, e sua banda composta por Ismael Rodrigues (bateria), Charles Santana (baixo) e Gabriel Becker (sopro).

Quem encerra a programação, já entrando na madrugada, é Jeff Moraes, com o show de seu disco autoral “Tambor e Beat”, recentemente indicado ao Prêmio Amazônia de Música – o mesmo show que ele apresentou na Virada Cultural de São Paulo.

A escolha do local para a estreia do Festival Banzé também não foi aleatória. O Porto Palmeiraço, lembra a produção do evento, historicamente é um lugar que já recebeu, e ainda recebe, grandes apresentações da cultura popular e já foi palco para importantes representantes da cultura paraense, como a Banda Calypso. “Além de resgatar um espaço histórico para as festas populares de Belém, que está esquecido, queremos destacar a importância da área portuária para a experimentação musical da cena paraense”, ressalta Jeisiane.