Polícia

Operação Fim da Linha: Polícia Civil do Pará ajuda a cumprir 380 mandados no País

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (7), a Operação Fim da Linha - do Oiapoque ao Chuí, que visa o combate à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (7), a Operação Fim da Linha - do Oiapoque ao Chuí, que visa o combate à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (7), a Operação Fim da Linha – do Oiapoque ao Chuí, que visa o combate à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP/MJSP), no âmbito do Projeto M.O.S.A.I.C.O., prestou apoio logístico e operacional, viabilizando o trabalho integrado entre as Polícias Civis de 22 estados e do Distrito Federal (RS, SC, PR, MS, MT, RO, AC, MG, SP, DF, RJ, RR, ES, CE, RN, BA, GO, PA, AM, MA, AP, TO, PI) no enfrentamento às organizações criminosas dedicadas a lavagem de dinheiro e tráfico de drogas atuantes no RS e também a nível nacional.

Ao todo, foram cumpridos mais de 380 mandados de busca e apreensão, quatro de prisões preventivas, busca e apreensão de 187 veículos, sete embarcações e nove aeronaves, em 113 municípios. Tiveram as contas bancárias bloqueadas 188 investigados. Há, ainda, 86 veículos e 42 imóveis com gravame e indisponibilidade.

Preliminarmente, durante os cumprimentos dos mandados judiciais, policiais de 22 estados e do Distrito Federal, de forma integrada, apreenderam até o momento 1,5 kg de ouro, R$ 1 milhão em espécie, mais de US$ 10 mil, mais de € 10 mil, veículos de luxo e uma aeronave. As diligências estão em andamento e os valores apreendidos ainda estão sendo contabilizados.

À exceção dos imóveis, os demais bens que visam ser apreendidos estão avaliados em aproximadamente R$ 43 milhões. A estimativa é de que, em um ano, as organizações criminosas tenham movimentado de forma suspeita mais de R$ 2 bilhões.

Na avaliação do Coordenador-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado da DIOPI/Senasp, Carlos Augusto Bock, a magnitude da operação foi possível graças ao apoio das Polícias Civis dos Estados e DF que atuaram de forma integrada com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, operacionalizado com o apoio do Projeto M.O.S.A.I.C.O (DIOPI/Senasp).

“Essa operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul evidencia a dimensão do tráfico de drogas dentro do território brasileiro no momento. A busca de vestígios em 22 estados e no Distrito Federal traz provas de que diversas facções criminosas se alinham usando fluxos semelhantes para lavagem de dinheiro fruto do tráfico de drogas no país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senasp, enaltece a iniciativa da polícia judiciária civil do estado do Rio Grande do Sul, buscando enfrentar um problema para além das divisas do estado, contando com o apoio do órgão central do Susp por meio do projeto MOSAICO que visa facilitar o alcance dessas diligências policiais fora do estado”, afirmou.

A operação
Iniciada em 2021, a Operação Fim da Linha foi articulada visando desmantelar organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, contrabando de cigarros e armas em diversas regiões do Rio Grande do Sul. No decorrer das investigações, contudo, foram identificadas ramificações da organização – vinculadas, inclusive, a uma facção criminosa com atuação nacional e outra com predominância no estado gaúcho.

Também foi constatado que o líder da célula criminosa comandava o tráfico de drogas da região norte do Rio Grande do Sul.

Nas três primeiras fases, foram executadas 65 prisões, cumpridos 110 mandados de busca e apreensão e apreendidos 720 quilos de maconha e 26 quilos de cocaína, além de dezenas de veículos e bloqueios de contas bancárias.

Agora, a operação mirou a lavagem de dinheiro. A partir da investigação, foram constatadas transferências eletrônicas para pessoas jurídicas e físicas de todo o país – valores incompatíveis com o patrimônio e renda dos titulares das contas.

Também foi constatada a existência de inúmeros depósitos realizados de forma fracionada e de empresas fantasma ou que têm suas contas utilizadas exclusivamente para lavagem de dinheiro dessas organizações criminosas.