Pará

Acidente com 12 mortos no Pará ocorreu por falha humana

Várias perícias foram requisitadas pela Polícia Civil, algumas foram concluídas e outras ainda estão com resultados sendo aguardados. Foto: Divulgação
Várias perícias foram requisitadas pela Polícia Civil, algumas foram concluídas e outras ainda estão com resultados sendo aguardados. Foto: Divulgação

Pouco mais de dois meses do acidente entre um micro-ônibus e um caminhão na PA-150 entre Marabá e Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, que deixou 12 mortos, começaram a sair os resultados dos laudos das perícias realizadas pela Polícia Científica do Pará. O acidente ocorreu no último dia 24 de março. Várias perícias foram requisitadas pela Polícia Civil, algumas foram concluídas e outras ainda estão com resultados sendo aguardados.

De acordo com o superintendente de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, inicialmente a perícia da barra de direção instalada no micro-ônibus não apresentou problema, ao contrário do que muitas pessoas haviam cogitado. “Ela não foi a causadora do acidente”, disse. Ele explicou ainda que uma semana antes da colisão, houve uma manutenção no micro-ônibus. Outro fator observado pela perícia foi uma frenagem brusca. “Segundo testemunhas que também trafegavam na rodovia, o micro-ônibus assumiu a contramão de direção por aproximadamente 100 metros até colidir contra o caminhão”, informou o delegado.

Segundo o superintendente de Polícia Civil, esses elementos e informações apontam que houve falha humana. “Nós estamos aguardando algumas perícias e, por exemplo, local de crime, que vai descrever toda a dinâmica dessa colisão, que ainda não está pronto”, ponderou.

A Polícia Civil solicitou a justiça mais 30 dias para concluir as investigações. Para o advogado Diego Adriano Freires, que representa as famílias de quatro das doze vítimas fatais do acidente, as perícias que ainda estão pendentes devem contribuir para esclarecer o que ocorreu no dia da tragédia.

“Existe perícias pendentes e destas perícias pendentes nós teremos mais informações que possam esclarecer o ocorrido, pela questão técnica e não pelo erro humano, já que se perderam tantas vidas, e os dois motoristas vieram a óbito”, ponderou.

Diego Adriano Freires enfatiza que não se pode deixar a tragédia cair no esquecimento, porque a sociedade precisa de uma explicação. “Nosso interesse é esclarecer e trazer de fato para os familiares o que aconteceu, porque aconteceu, poderia ter sido evitado? E se não poderia ter sido evitado, logicamente, podem incorrer sobre quem não fez para que isso pudesse ter sido evitado”, disse.