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Remo se apega à matemática para manter a confiança em busca da classificação na Série C

Matheus Miranda

O péssimo começo no Campeonato Brasileiro da Série C do Clube do Remo nesta temporada, que deixou uma parte expressiva da sua torcida frustrada no que se refere ao grande objetivo que é brigar a todo custo pelo acesso à segunda divisão nacional, ainda tem uma luz no horizonte. A razão pela projeção positiva é a matemática, hoje grande aliada do clube, que ainda segue em processo de reajuste no gramado. Com exceção da rodada de ontem à noite (3), o Mais Querido entrou neste final de semana com 43 pontos em disputa até o fim desta fase classificatória, ou seja, um número interessante dada à margem estipulada de corte para as equipes que almejam uma vaga no G8, que é de 29 pontos. O problema é quando as estatísticas entram em rota de colisão com a realidade dentro das quatro linhas.

Para atingir a pontuação mínima, que de acordo com o site especializado em estatísticas Chance de Gol representa apenas 70% de probabilidade de classificação, o Leão Azul teria de vencer nove dos compromissos restantes para esta primeira etapa da competição nacional. Iniciando a sexta rodada na vice-lanterna com o saldo de três positivos em cinco jogos, com apenas um triunfo e quatro derrotas, a fórmula mágica para o time paraense é o de ir com tudo, dentro e fora de campo, para brigar pelos objetivos.

Após o jogo contra o Confiança-SE, em duelo que o time conseguiu sair com o braço erguido, encerrar a fase ruim e movimentar pela primeira vez nesta edição de Série C a pontuação, a previsão é de uma guinada nas quatro linhas dada a nova metodologia à beira do gramado com a chegada de Ricardo Catalá para a comissão técnica do futebol profissional.

Doido para mostrar serviço para ratificar sua ascensão no esporte depois do êxito com o Mirassol-SP na temporada passada, Catalá garante que fará o possível para, junto ao Remo, triunfar mais uma vez. “Já fiz uma análise do elenco e tudo aquilo que for movimento de contratação do clube, atuação no clube, vai ser discutido internamente com a direção para que possa trabalhar em paz. Trabalhar é minha vida, meu envolvimento no trabalho é visceral, ninguém no clube vai trabalhar mais do que eu para que a gente possa dar juntos e construir uma nova história, de recuperação e que possa atingir o primeiro objetivo que é estar entre os oito. E depois muda, é uma outra competição. Mas estar entre os oito é o nosso objetivo. Vamos trabalhar dia e noite para colocar o Remo nesta condição. Já estive aqui como adversário e sei o quanto é difícil”, garante o treinador azulino.