Alexandre Nascimento
O preço da gasolina aumentou nos postos de combustíveis de Belém, na tarde de ontem (1). O reajuste se deve à aplicação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual que terá a alíquota fixa para todos os estados brasileiros de R$ 1,22 por litro. Na prática, a previsão é que a gasolina aumente cerca de 16 centavos aos consumidores, o que vai na contramão da queda de preço que o produto apresentou nas duas últimas semanas.
A equipe do DIÁRIO do PARÁ percorreu alguns estabelecimentos da cidade na noite de ontem, e registrou que, em comparação com os preços divulgados na edição do jornal do último dia 31, o preço do litro da gasolina chegou a 26 centavos de diferença, em outras palavras, ultrapassou a casa dos R$ 5. Por exemplo, num posto de combustível que fica na avenida Rômulo Maiorana, dos R$ 4,97 comercializados, com a nova alíquota o litro passou a custar R$ 5,23.
O aumento pegou alguns condutores de veículos automotores de surpresa, uma vez que, com diferença de poucas horas durante o dia de ontem, tiveram que pagar mais caro pelo litro da gasolina.
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“Incrível, abasteci cedo hoje (ontem) ainda com o preço de R$ 4,99, mas vim abastecer agora de tarde e o preço subiu para R$ 5,19. São 20 centavos que vão fazer aumentar meu orçamento, que já era alto, com gasolina”, disse Gleyson Abreu, 40 anos, técnico. De acordo com funcionários dos postos, os consumidores que sabiam do reajuste compareceram em grande número para completar o tanque ainda com os preços antigos.
“O aumento aqui no posto aconteceu umas 16h, mas antes disso a fila foi grande de carros. Acho que essas pessoas sabiam do aumento e vieram aproveitar, antes que aumentasse o valor”, disse o funcionário de um dos estabelecimentos visitados pela equipe e que pediu para não ser identificado.
PESQUISA
Os preços acima dos R$ 5 vão obrigar os condutores pesquisar preços mais em conta. “Se eu já fazia isso quando o preço da gasolina estava em queda, imagina agora que aumentou, ainda mais eu sendo motorista de aplicativo e tenho que abastecer com frequência. É uma realidade, tenho que seguir trabalhando e torcer para que não aumente mais”, declarou José Maria, 77 anos, motorista.
