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Paysandu aposta na experiência de Paulão na busca pelo acesso

Tylon Maués

O zagueiro Paulão, de 37 anos, foi apresentado oficialmente ontem como novo reforço do Paysandu, mesmo treinando na Curuzu desde a semana passada. O experiente jogador não joga desde o final da Série A do ano passado, quando defendia o Cuiabá-MT. Com o tempo sem entrar em campo, ele deve precisar de mais tempo para poder ser relacionado pelo Papão, mas o jogador garante que isso não deve demorar muito, garantindo que procurou se cuidar durante o período de inatividade.

Paulão negou que estivesse prestes a se aposentar quando recebeu o convite do Paysandu. Segundo ele, os dias parados serviram para refletir sobre a carreira e a certeza que poderia continuar jogando profissionalmente. No elenco bicolor ele terá a concorrência de Genílson, Wanderson, Naylhor e Rodolfo Filemon, além de Iarley, da base do clube. O zagueiro já teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e pode estrear assim que estiver apto a aguentar uma partida. A seguir, algumas das declarações dele dada na entrevista coletiva de apresentação.

Dias parado – “Passa um pouco do tempo e você precisa olhar um pouco para si, dentro disso, eu me avaliei nesse momento. Eu não ia parar, independentemente, tive outras oportunidades e escolhi vir para cá. Escolhi o Paysandu assim como o Paysandu me escolheu, foi uma escolha mútua. Nesse tempo em casa, eu tive um momento para ficar com a minha família, para cuidar da saúde da minha família, momento para me reconhecer e ver que não estava no momento de parar”.

Condição física – “Sempre fui um cara que procurei me cuidar ao máximo, não sou um exemplo exímio de profissional, não sou o Cristiano Ronaldo, que todo mundo tem aquela comparação de um grande profissional, mas eu sempre me cuidei. Fico muito feliz em ter a oportunidade de defender um clube com a história do Paysandu, com a grandeza que tem. Sei da minha responsabilidade e espero fazer um grande trabalho”.

Desempenho na Curuzu – “Espero corresponder às expectativas. Futebol não é uma ciência exata, mas entrega e compromisso não vão faltar. Estou parado desde o Brasileirão do ano passado, mas mantendo a forma física. Agradeço demais os contatos do Marquinhos (Santos) e do Ari (Barros, executivo de futebol). Foi um momento em que trabalhei minha mente”.

Não pensou em parar – “Isso foi inventado. Em nenhum momento disse que ia parar ou quando voltaria. Fiquei me cuidando ao máximo, me cuidando em casa fazendo a parte física. Tive vários profissionais com quem trabalhei que me mostraram o caminho da parte física. Em pouco tempo voltarei ao meu ritmo. Sei que vou precisar de um tempo, mas vou poder ajudar, sim”.

Experiência a serviço bicolor – “Tenho alguns acessos na carreira. Subi com o ASA-AL, que foi uma experiência válida para a carreira. Essa vivência me ajuda muito. Sei que a experiência pesou para vir para o Paysandu. Aos 37 anos, nunca tive uma lesão séria, nunca passei por uma cirurgia, então resolvi continuar”.

Entrega em campo – “Sempre pisei no chão descalço. Minha família me ensinou a sentir onde estou. Parei um pouco para pensar e voltei, mas não pensava em parar e sim em me avaliar. Em campo sempre procurei o máximo e nunca sujei minha imagem fora de campo. Mesmo quando me aposentar vou procurar zelar por isso. Sei que não vou me sair bem em todos os jogos, isso é normal, mas vou sempre buscar dar meu máximo. Eu sempre tento acertar”.