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Artistas paraenses concorrem no 7º Prêmio Profissionais da Música

Allex Ribeiro concorre em três diferenters catagorias FOTO: SAN MARCELO/DIVULGAÇÃO
Allex Ribeiro concorre em três diferenters catagorias FOTO: SAN MARCELO/DIVULGAÇÃO

TEXTO: WAL SARGES

Paraenses são finalistas no 7º Prêmio Profissionais da Música (PPM), que destaca 176 categorias de trabalhadores que fazem parte da cadeia criativa e produtiva da música, em diversos lugares do país. São eles: Aíla e Allex Ribeiro, Delcley Machado, Jarlinho Silva, Márcio Moreira, Salomão Habib e Paulinho Moura, e Marcelo Pyrull. Esta edição retoma a programação presencial, que ocorre desta quinta, 1º, a 4 de junho, em Brasília, e terá como homenageados Chico Science, Lia de Itamaracá, Juarez Fonseca e Renato Matos. Duas noites serão dedicadas à premiação em diversas categorias, com transmissão pela internet, através do canal do prêmio no Youtube, com intérprete de libras.

Aíla concorre em três categorias: Norte – Autora Música e Letra; Norte – Cantora; e Melhor Videoclipe, com “Água Doce”, categoria na qual também concorre Allex Ribeiro, com “Coração de Mosquito”. Ele também figura na categoria Norte – Cantor, junto a Delcley Machado, Jarlinho Silva e Márcio Moreira. Já na categoria Norte/Nordeste – Autor Instrumental, consta novamente o nome de Márcio Moreira. Allex Ribeiro também compõe a lista de concorrentes de Norte – Autor Música e Letra, e a categoria Norte- MPB, na qual estão ainda Delcley Machado, Paulinho Moura e Salomão Habib. Já Marcelo Pyrull concorre ao prêmio de melhor produtor musical do Norte/Nordeste (CDs, vinil e álbum digital).

O sentimento de alegria é unânime entre essa turma de finalistas paraenses. Para Aíla, é motivo de muita felicidade estar indicada em três categorias. “Melhor ainda é ver artistas do Norte em prêmios nacionais como este. A música feita nas Amazônias é música brasileira. E o Brasil precisa compreender isso, cada vez mais. Fico muito feliz em ver a música do Pará abrindo caminhos. Cada vez mais, estaremos ocupando todos os lugares que nos foram negados. O momento é de retomada. Amazônia no topo”, afirma.

A cantora Aíla, que disputa três prêmios, festeja a presença dos artistas nortistas entre indicados. FOTO: KLEBER JR/DIVULGAÇÃO

Prêmio dá projeção a trabalhos no resto do Brasil

O cantor Allex Ribeiro conta que a seleção para o PPM aconteceu no ano passado e ele soube pela gravadora que estava concorrendo em diferentes categorias, e o melhor: que tinha ficado bem colocado. “Fiquei muito contente. É o reconhecimento por um trabalho que venho fazendo há mais de dez anos. Me sinto feliz e cheio de crença no que faço. Acho que isso é importante: acreditar – e eu acredito”, diz ele.

Para Allex, ser finalista em uma premiação nacional também garante uma projeção importante ao trabalho. “Faz com que mais gente ouça nossas canções. É por isso que eu canto, para conseguir dizer o que preciso para o maior número de corações que eu puder”, diz o cantor.

O artista conta que cresceu em uma casa cheia de música, com o pai que cantava e era um apaixonado por Luiz Gonzaga. Já a mãe varria a casa cantando e ouvindo Roberto Carlos e outros artistas da época. Logo, seu gosto por música foi automático. “Aos 13, aprendi a tocar violão e comecei a compor aos 18. Consumo música, é do que eu vivo. Costumo brincar dizendo que não sou músico, sou música”, diz Allex.

Para Márcio Moreira, ser finalista do prêmio é um reconhecimento especial porque vem depois de ele lançar seu primeiro álbum de carreira, “Repartir”, em novembro do ano passado. “Eu estou muito feliz e honrado por estar entre os finalistas de um prêmio como esse, feito por quem faz a música acontecer no País. Para mim Confesso que só o fato de estar entre os indicados, pra mim, já é uma coroação e um baita estímulo para seguir compondo, criando e cantando a minha obra que está só no começo”, diz ele.

Amazônia representada

Assim como Aíla, ele destaca o fato de o prêmio ter abrangência nacional. “Amplia a visibilidade do meu trabalho e, como artista amazônida, me possibilita ser uma espécie de representante da nossa cultura para o resto do Brasil, o que é uma baita responsabilidade e, ao mesmo tempo, motivo de muito orgulho. Junto comigo estão outros nomes superimportantes da cultura nortista, que me são referências enquanto artistas e fazedores de canções, o que prova a força da cultura da nossa região e a diversidade de estilos e gêneros que nosso povo carrega”, destaca Márcio.

Com trabalho de estreia recém-lançado, Márcio Moreira também está entre os paraenses concorrentes. FOTO: PRISCILA RAMALHO/DIVULGAÇÃO

Programação pode ser acompanhada pela internet

Com o tema “Viva a Cultura Popular”, a programação do 7º Prêmio Profissionais da Música (PPM) é variada e contará com workshop, palestras e pocket shows, também com a participação de artistas paraenses. A cerimônia de abertura ocorre hoje, 1º, com uma “Moção de Louvor” aos profissionais da música, realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Amanhã, 2, serão premiadas as categorias Produção (187 finalistas) e Convergência (166 finalistas). Já no sábado, 3, será a vez das modalidades Educação (94 finalistas) e Criação (395 finalistas).

Uma das inovações desta edição, realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, é a programação “A Parada da Música”, com destaque para a apresentação da cantora, compositora e cirandeira Lia de Itamaracá, uma das homenageadas. Além de Lia, representando a modalidade Educação, criada a partir dessa edição, o evento homenageará o jornalista, pesquisador e produtor musical Juarez Fonseca (Produção); o compositor, cantor, instrumentista e artista plástico Renato Matos (Convergência); e, in memoriam, o expoente do Mangue Beat Chico Science (Criação).

“O nosso propósito é maximizar o protagonismo daqueles que nos enriquecem com talento, criatividade, inovação e informação e convidar o público a viver essa experiência conosco”, afirma Gustavo Vasconcellos, idealizador do PPM. “E esses profissionais não estarão presentes apenas recebendo troféus, mas compartilhando seus conhecimentos e talentos”, explica Gustavo Vasconcellos.