SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Dan Stulbach, 53, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, sobre o retorno de “Mulheres Apaixonadas”, no Vale a Pena Ver de Novo, a partir desta segunda-feira (29).
Dan diz que pessoas se afastavam dele por medo. “As pessoas se afastavam de mim na rua, não sentavam do meu lado no avião. Levei guarda-chuvada, bronca, tinha de tudo. Foi bem intenso. Se existisse redes sociais na época talvez eu corresse o risco de ser cancelado, porque as pessoas não me conheciam”. Na trama, Marcos (Dan Stulbach) agride frequentemente a esposa Raquel (Helena Ranaldi) com uma raquete.
Público não o conhecia. “Na época, as pessoas não tinham uma referência [dele como ator]. Eu estava chegando à TV, era uma novidade. Não sabiam como eu era de verdade. Havia sempre um receio”.
Feliz com a repercussão do vilão na trama. “Me param o tempo todo. Mas hoje em dia essa abordagem é menos assustada, é mais uma parabenização pelo trabalho, sempre com carinho. E acontece bastante. Fiquei muito feliz com a repercussão, com o reconhecimento, com o alcance do personagem e com as possibilidades de trabalho que ele me abriu”.
Importância social da história. “Criou-se uma lei por causa desse trabalho. Isso transcendeu a novela, melhoramos o país nesse sentido, trazendo à tona um assunto sobre o qual não se falava. Vamos ver como vai ser agora, porque infelizmente o Brasil ainda tem esse problema”.
Discrição com vida privada. “Tenho uma dificuldade em expor tudo. Ainda sou dessa geração que preza manter um pouco do mistério para que possa fazer os personagens. Fico com a sensação de que se as pessoas te conhecem demais, talvez não acreditem mais em você com outras caras e outros nomes”.