Ana Laura Costa
Após uma semana intensa de programação com consultorias, treinamentos de vendas, finanças, além de palestras e capacitações para microempreendedores que estimularam a abertura de novas empresas, a 14ª edição da Semana do Microempreendedor Individual (MEI), promovida pelo Serviço Brasileiro de Pequenas Empresas (Sebrae), no Centur, em Belém, encerrou ontem (26).
No Pará, os eventos ocorreram em 71 municípios onde o Sebrae tem agências de negócios ou em espaços de parceiros, como a Sala do Empreendedor. Conforme levantamento realizado pelo Sebrae/PA, existem mais de 300 mil MEIs no Estado, representando aproximadamente 70% de todas as empresas do Pará.
Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae no Pará, o resultado da semana é fantástico, e o envolvimento do público tem crescido de maneira exponencial.
“As pessoas têm nos procurado e, principalmente, de maneira consistente, com boas perguntas e grandes necessidades, e o que é melhor: saindo com respostas concretas e muito felizes. Ressalto que colocamos uma ouvidoria à disposição, para casos de críticas, mas até agora, só recebemos feedbacks positivos. Então, ficamos muito felizes com isso, até porque trouxemos uma arena centralizada com os empreendedores já trabalhados pelo Sebrae, onde todos puderam se promover e vender bastante. Isso tudo só reforça que estamos no caminho certo”, afirma Magno.
GÁS
A programação deu um gás a mais para quem precisava dar o pontapé inicial, como o Luís André, 41. Há pouco tempo, Luís trabalhava como maqueiro em um hospital da rede privada, onde optou por sair. Com o dinheiro da rescisão do contrato de trabalho, deseja abrir seu próprio restaurante.
“Fiquei sabendo da programação, tirei um tempo hoje e já to saindo daqui com o empreendimento formalizado. Tirei todas as dúvidas, principalmente sobre o empréstimo bancário, como fazer. Ter instruções de profissionais da área e dedicados faz toda a diferença”, conta.
Conhecer o Sebrae, em abril de 2022, foi um divisor de águas para o “Mimimos Doceria”, empreendimento de Monalisa Maia, de 43, uma das empreendedoras com estande no evento. Formada em química, ela conta que a doceria foi uma forma de sair do limbo entre estudar para concurso público e procurar vagas de emprego na área.
“Eu digo que a doceria foi uma alternativa, né? Eu já fazia pães de batata, tortas geladas, que faziam sucesso na vizinhança. Aí pensei ‘Legal! Posso ampliar isso, os outros não compram porque não conhecem”, revela.
Ao procurar pelo Sebrae, o negócio de Monalisa já saiu formalizado, ou seja, regularizado, frente aos órgãos do governo como juntas comerciais estaduais. Desde então, só viu o empreendimento alavancar.
“Eu comecei as vendas em fevereiro, em abril quis profissionalizar e fui ao Sebrae e isso mudou tudo, padronizei meu produto, fiz a criação da Logo com o Sebrae, consultoria de precificação, fiz a solicitação de registro de marca, então fico muito feliz com o resultado positivo que venho notando”, alega.