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Marquinhos Santos diz que a partir da metade de julho Paysandu vai "subir a ladeira"

Tylon Maués

A delegação do Paysandu viaja hoje à tarde rumo ao Rio de Janeiro, onde domingo à noite enfrenta o Volta Redonda-RJ, no estádio da Cidadania, em jogo válido pela quinta rodada da Série C. O Papão ainda não pontuou como visitante até aqui na competição. A equipe que enfrentará o Voltaço ainda terá a ressaca pelo cansaço da quantidade de jogos, mas com o fim do Campeonato Paraense aos poucos o técnico Marquinhos Santos passará a ter mais tempo para focar apenas no Campeonato Brasileiro, principal objetivo do clube no ano.

Após a vitória sobre o Cametá, Santos foi enfático ao comentar sobre a preparação dos jogos, de como essa maratona de viagens e partidas têm tido um efeito negativo no desempenho do time. Para aproveitar o pouco tempo que tem, a comissão técnica bicolor tem ministrado treinos até em dias de jogos. “A gente vem numa sequência forte de jogos, viagens e sem abrir mão dos treinamentos. Estamos jogando cansados”, disse. “O elenco tem treinado forte, não se poupa e tem entendido o que tenho proposto a eles”, completou o técnico do Papão.

Para o confronto no interior fluminense, o Paysandu terá de volta jogadores contratados apenas para a competição nacional, como os volantes Jacy Maranhão e Nenê Bonilha, titulares da equipe, mas não contará com o centroavante Mário Sérgio, que cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Segundo o treinador, mesmo com pouco tempo que teve até aqui para comandar a equipe, ele sente que com as conversas o grupo tem evoluído, com alguns jogadores já se sentindo mais à vontade. “Estamos a 40% do que queremos. A caminhada é longa. A partir de junho, sem o Parazão e a Copa Verde, vamos ficar mais fortes nessa caminhada na Série C”, explicou Santos, que prevê que o mês que vem ainda será de superação, mas que o Paysandu deve chegar em um bom momento quando seus adversários estiverem estagnados tecnicamente ou caindo de produção.

“Em junho ainda vamos estar sofrendo, ainda vamos estar preparando a base. No futebol não existe mágica, existe trabalho. Quem me conhece, sabe o quanto eu trabalho, o quanto eu vivo o clube. Sou o primeiro a chegar e o último a sair, muitas vezes ficando no hotel do Paysandu, até dormindo para já estar pensando no dia seguinte. Sei que o mês de junho vai ser fundamental para evoluir todos os aspectos. Na metade de julho e começo de agosto é buscar. Enquanto as demais equipes, no que eu acredito em planejamento tático e competitivo, vão começar a ter uma queda e o Paysandu vai estar subindo a ladeira não só para buscar a classificação, mas para brigar pelo título da Série C”.