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Paraense presa na Indonésia pode escapar da morte; entenda

A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias escapou da sentença de morte ao ser flagrada com drogas na Indonésia, país que é rígido contra o crime de tráfico de entorpecentes. Foto: Reprodução
A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias escapou da sentença de morte ao ser flagrada com drogas na Indonésia, país que é rígido contra o crime de tráfico de entorpecentes. Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Ministério Público da Indonésia pediu pena de 12 anos de prisão à brasileira presa em Bali após tentar entrar no país com mais de três quilos de cocaína.

De acordo com a defesa de Manuela Vitória de Araújo Farias, o órgão descartou prisão perpétua ou pena de morte para o caso -condenações comuns no país, que tem uma severa lei antidrogas. Uma parte do julgamento aconteceu nesta madrugada na Indonésia. Uma nova fase do processo está marcada para 30 de maio, quando a defesa será ouvida.

A acusação foi apresentada pelo MP do país e deixou a defesa satisfeita, segundo o advogado Davi Lira, que acompanha o caso do Brasil. Na Indonésia, a jovem tem outro defensor especializado em casos como o dela.

A expectativa da defesa já era de que a jovem não deve pegar penas mais duras, como adiantou o advogado em abril. Agora, os advogados devem recorrer, para diminuir a pena.

“A defesa espera conseguir uma pena ainda menor que essa, mas vai mais tranquila [para o julgamento final], sabendo que a Manuela praticamente escapou tanto da prisão perpétua quanto da pena de morte. O trabalho continua, a gente não sabe qual vai ser o entendimento do juiz, mas partimos da premissa de que se a própria acusação não pleiteia a pena capital, o juiz não vai dar de ofício”, disse Davi Lira, advogado da família.

Em janeiro, o Itamaraty disse ao UOL ter conhecimento do caso, acompanhado pela Embaixada do Brasil em Jacarta, e que “vem prestando a assistência consular cabível à nacional”.

Manuela foi detida no dia 1º de janeiro, quando desembarcou com a droga dividida em duas malas. À época, o advogado disse que a jovem não sabia o que levava ao embarcar para o país asiático.

Segundo Davi Lira, a paraense até desconfiou da promessa de aulas de surfe em troca do transporte de uma encomenda até o país, e tentou desistir, mas teria sido coagida por pessoas que a abordaram.

Natural de Belém, a jovem conheceu os suspeitos pelo envio da droga em um “circuito de baladas” de Santa Catarina, estado no qual a mãe dela mora, para fazer tratamento contra uma doença.