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Mais 250 denunciados por atos golpistas viram réus no STF

Um ano após os ataques golpistas de 8 de janeiro, 89% reprovam as invasões e 6% afirmam aprovar o que ocorreu no episódio. Ainda, 4% não souberam ou não quiseram responder.
FOTO: Joedson Alves / Agência Brasil
Um ano após os ataques golpistas de 8 de janeiro, 89% reprovam as invasões e 6% afirmam aprovar o que ocorreu no episódio. Ainda, 4% não souberam ou não quiseram responder. FOTO: Joedson Alves / Agência Brasil

Eduardo Gonçalves/Agência Globo

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus nesta segunda-feira (22) mais 250 pessoas acusadas de participar dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro.

Com essa nova leva, chega a 1.045 o número total de pessoas com ações penais abertas pela Corte devido à invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo e Palácio do Planalto.

Os casos que foram julgados agora fazem parte da quinta remessa de denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os alvos foram presos no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, na manhã de 9 de janeiro.

O julgamento começou na última terça-feira (16) e tinha prazo até as 23h59 desta segunda, mas às 19h todos os ministros já haviam votado.

As denúncias estão sendo analisadas no âmbito de dois processos. Um deles trata dos incitadores e autores intelectuais da manifestação golpista, e o outro, dos executores dos atos de vandalismo. O grupo que estava acampado em frente ao QG do Exército faz parte do primeiro grupo.

Assim que as denúncias são aceitas, as ações penais são abertas. A partir daí, começa o depoimento de testemunhas de defesa e acusação e a coleta de mais provas. Depois, o Supremo Tribunal Federal terá de julgar se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo para ocorrer.

A Procuradoria-Geral da República já denunciou um total de 1.390 pessoas pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Desses, 239 são do núcleo dos executores, 1.150 pertencem ao núcleo dos incitadores, e uma pessoa foi enquadrada no núcleo que investiga a suposta omissão de agentes públicos na invasão e depredação das sedes dos três Poderes, em Brasília.