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Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária

Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária
As medidas tomadas pelo Ministério da Agricultura do governo Lula (PT) para conter os riscos de disseminação da gripe aviária já resultaram na destruição de 20 milhões de ovos férteis.
As medidas tomadas pelo Ministério da Agricultura do governo Lula (PT) para conter os riscos de disseminação da gripe aviária já resultaram na destruição de 20 milhões de ovos férteis.

Geralda Doca e Manoel Ventura/Agência Globo

O Ministério da Agricultura e Pecuária decretou, na noite desta segunda-feira, estado de emergência zoossanitária, após a descoberta de novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a gripe aviária, no país. A duração do estado de emergência é de 180 dias, podendo ser prorrogado por prazo indeterminado.

No sábado foram confirmadas mais duas ocorrências da doença, elevando o número de casos em aves silvestres para cinco. Não há registro em humanos. Os primeiros casos foram registrados no Espírito Santo, e novas ocorrências aconteceram no estado do Rio de Janeiro.

Será criado o comitê de Organização de Emergência, que vai funcionar no Ministério com objetivo de concentrar esforços entre todos os entes da federação para aumentar a vigilância.

A pasta já tinha proibido a realização de feiras de exposição de aves, diante do surgimento de casos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que nada muda para o consumidor. A principal recomendação para a população é evitar manipular alguma ave morta e chamar as autoridades competentes.

“O consumidor pode continuar consumindo carne e ovos de aves sem problemas”, afirmou o ministro ao GLOBO.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou em nota que os focos identificados são de aves silvestres e a descoberta dos casos da doença não deve afetar as exportações. “O Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro”, diz a entidade, acrescentando que as autoridades brasileiras devem prestar o devido esclarecimento aos países importadores.

“Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos, ao mesmo tempo em que a ABPA lembra que, segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos”, informa a entidade.