Pará

Criada por Jader, Uepa garante acesso ao ensino superior há 30 anos

A universidade completou 30 anos na última semana e foi instituida pelo então governador Jader Barbalho.  Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará
A universidade completou 30 anos na última semana e foi instituida pelo então governador Jader Barbalho. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará

Luiza Mello

Referência em ensino, pesquisa e extensão na Amazônia, a Universidade do Estado do Pará nasceu do desejo do então governador Jader Barbalho de abrir novas oportunidades para que os jovens paraenses tivessem mais acesso ao ensino superior. Trinta anos depois, a UEPA oferta 132 cursos de graduação, distribuídos em 21 campi, sendo cinco em Belém. São 1.295 docentes e 13.573 alunos.

Ao ser homenageado no evento que comemorou os 30 anos da instituição, Jader Barbalho enalteceu o trabalho de todos que ajudaram a construir a universidade ao longo dos anos.

“Devemos homenagear aqueles que construíram as faculdades de Medicina, Enfermagem, Educação Física e de Educação, que existiam antes dos 30 anos”, lembrou o senador. A Uepa nasceu da fusão de faculdades estaduais de Enfermagem, Medicina, Educação Física e Educação, abrigadas pela Fundação Educacional do Pará. Em 1993, o governador Jader Barbalho sancionou a lei que transformou a antiga Fundação em Universidade do Estado do Pará.

Na última quinta, 18, o senador Jader Barbalho recebeu a medalha de Mérito Universitário – concedida pela primeira vez pela universidade – em reconhecimento à iniciativa de fazer a fusão das faculdades estaduais que resultou na criação da Uepa. “Quando cheguei ao Governo do Estado, procurei fazer convênios com as instituições federais para levar cursos universitários para o interior, no formato de módulos. E foi essa a inspiração que me levou a criar nossa universidade estadual”, recordou.

“Graças ao formato com que foi criada na época, a instituição tem permitido que milhares de jovens paraenses tenham acesso ao ensino superior gratuito de qualidade” comemorou o senador.

“É reconfortante poder participar da vida acadêmica da Uepa. Quando vejo a mobilização em todo o país pela manutenção das universidades e instituições de ensino federais, remeto minhas lembranças ao ano de 1993, quando criei a Universidade do Estado do Pará, cujo objetivo era exatamente esse, dar a todo jovem paraense a oportunidade de poder ter acesso ao ensino superior, poder realizar sonhos e transformar vidas, independentemente da classe social, raça ou cor. Essa sempre foi minha meta, meu desejo”, enfatizou o senador Jader Barbalho.

Desde 2015, só podem disputar as vagas do processo seletivo da Uepa, os candidatos que realizarem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A universidade estadual foi a primeira instituição da região Norte a realizar um Processo Seletivo específico para deficientes auditivos em 2022, após decisão aprovada na 250ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário (Consun). Já em 2023, foi realizado o primeiro Processo Seletivo com cotas étnico-raciais, com vagas destinadas a negros e indígenas.

PLANETÁRIO

A universidade estadual é uma das mais importantes portas de acesso à formação superior e à produção de conhecimento. Além dos 21 campi, também fazem parte da Universidade o Centro de Ciências e Planetário do Pará, que recebe mais de 35 mil visitas por ano.

Único da região amazônica, criado em 1999, o Planetário do Pará desenvolve ações educativas com o objetivo de difundir, promover e aplicar o conhecimento em Ciências, por meio da interação com os visitantes.

O Planetário do Pará é considerado um dos 10 museus mais visitados do Brasil. Recebe grupos de estudantes desde o ensino infantil até o médio para conhecer as instalações que demonstram na prática o que é aprendido em sala de aula. A maior parte dos estudantes não consegue compreender o porquê de aprender ciências, geografia, física ou astronomia. Assim, eles poderão perceber a ciência de uma forma totalmente nova.

Outra atividade acadêmica que mereceu a atenção do senador Jader Barbalho foi a formação do Liceu de Música do Pará, no município de Bragança, administrado pela Universidade do Estado do Pará, que oferta cursos livres gratuitos em música, como canto coral, flauta doce e formação teórica para bandas.

“O paraense tem a musicalidade no sangue. Temos talentos natos. A qualidade e diversidade dos ritmos regionais é única e criar incentivo é fundamental” reforça o parlamentar que foi responsável pela indicação de uma emenda parlamentar individual no valor de  R$ 540 mil, que possibilitou a aquisição de equipamentos e instrumentos musicais para o Liceu de Música.

Os campi da instituição estão presentes nos municípios de Paragominas, Conceição do Araguaia, Marabá, Altamira, Igarapé-Açu, São Miguel do Guamá, Santarém, Tucuruí, Moju, Redenção, Barcarena, Vigia de Nazaré, Cametá, Salvaterra, Castanhal e Bragança. A Uepa presta serviços para a sociedade, como atendimentos em 48 especialidades na área de saúde, com estimativa de mais de 237 mil atendimentos por ano.

A universidade também atua em mais de 70 municípios do Estado por meio de programas como Forma Pará, em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet); Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Programa Nacional de Formação de Professores (Parfor).