Wesley Costa
No mês de maio, o Dia das Mães também representa uma das datas mais importantes para aqueles que trabalham no setor de floricultura, já que tradicionalmente, os filhos costumam presentear as mães com buquês ou pequenos arranjos florais nesta ocasião especial. Assim como em anos anteriores, a expectativa de empreendedores do ramo é que flores continuem sendo uma das alternativas mais procuradas para demonstrar o amor e gratidão.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), a comercialização de flores deve crescer até 7% em 2023, levando em consideração o mesmo período do ano passado. Ainda segundo o instituto, o Dia das Mães é a data mais importante do calendário do setor, representando 16% das vendas anuais. Para que os números sejam positivos, o Ibraflor afirma que é preciso apostar na criatividade e diferenciais do produto.
Foi justamente pensando em ofertar novidades que Silene Cristina Brito, proprietária de uma floricultura, em Belém, passou a produzir pequenos vasos personalizados. Ela destaca que atualmente as flores não são mais vistas como o presente em si. Mas sim como composição do agrado principal que as mães devem receber neste segundo domingo do mês.
“As mães estão bem mais exigentes. Antes, a gente via que bastava um grande buquê de flores para agradar. Hoje, elas continuam sim sendo bastante buscadas, mas com o propósito de agregar ao presente principal. Claro que ainda temos aquelas mães que se emocionam bastante e gostam de receber buquês imensos de rosas, mas já são poucas”, disse.
Silene contou ainda que, este ano, o movimento durante os dias que antecederam a celebração foi baixo. Porém, não há de faltar opções para quem deixar as compras para última hora. “A gente sabe a correria que é o dia a das pessoas e, por isso, também nos programamos para receber essa clientela com uma infinidade de opções. Se depender da gente, terá flores para todos os gostos e bolsos”, afirmou a empreendedora.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), as flores estão mais caras em 2023, comparando aos preços de venda do ano passado. O estudo mostrou ainda que esse aumento não foi uniforme e pode variar dependendo do tipo, arranjo e local de comercialização. Em alguns casos, as rosas, que tradicionalmente são as mais requisitadas, sofreram reajustes que chegaram até 20%.
O Dieese/PA afirma que nas principais floriculturas da capital paraense, a unidade da rosa está sendo vendida em média a R$ 15,00. Já o buquê com 06 unidades pode ser encontrado custando em média R$ 149,00. Já as famosas cestas de flores também ficaram mais caras, destacou a pesquisa. Os preços podem variar bastante dependendo do tamanho, conteúdo e local de venda.