Wesley Costa
O mês de maio é tradicionalmente conhecido como o “Mês Mariano” dentro da tradição católica. Esse é um período de maior dedicação à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, considerada pela igreja apostólica romana como a maior serva e inspiração para outras mulheres ou aqueles que sentem e enxergam na figura da virgem, o mesmo carinho e amor que ela teve com seu filho. Muito da relação dos católicos com Maria, é baseada em sua veneração como uma figura sagrada e intercessora.
A escolha do mês da celebração se deu pelo fato de esse também ser o período da estação das flores na Europa. “Maria é vista como a flor de Deus que orna as nossas vidas. Então, foi associado à figura feminina e materna de Maria a essas flores da primavera, e vem ao nosso encontro justamente com esse rosto e importante figura feminina”, explicou o pároco do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, padre Wagner Maria.
Levando em consideração as várias formas de representação da virgem, inclusive na maternidade, o sacerdote conta que foi o próprio Cristo que apresentou Maria como mãe de todos. “Já as várias representações dependem muito das aparições e devoções de cada lugar. Por exemplo, temos Perpétuo Socorro e Nazaré que trazem o menino Jesus no colo. Já em Fátima, temos Maria com as mãos postas em oração, trazendo justamente a mensagem forte de sua aparição.”
O padre reforça ainda que “a Virgem Maria não é colocada pela igreja católica como centro, nem ápice, mas como um meio seguro para chegar até Jesus. Ela também não é o fim útil da devoção dos católicos e cristã, mas por ela chegamos ao salvador”, disse.
Durante o mês de maio os católicos buscam intensificar suas homenagens à Maria. Em muitas igrejas, por exemplo, são realizadas novenas em sua honra para refletir sobre os mistérios de sua vida. Em frente a Basílica Santuário de Nazaré, em Belém, não é difícil encontrar pessoas que se identificam com a imagem da virgem que transmite ao mesmo tempo, força, mansidão e tranquilidade, características que os devotos dizem estar presente neles e buscam seguir.
O técnico em enfermagem, Jean Monteiro, 22, lembra que a figura da mãe dos católicos sempre esteve presente em sua vida, principalmente nos momentos de maior aflição. “Não tem como não buscar em Maria, a força que precisamos para enfrentar os desafios. Muito do respeito e devoção a ela, aprendi com minha mãe e avó que, inclusive, também se chama Maria. Esse elo é algo realmente forte e que vou levar para a vida toda”, afirmou.
Artesã e mãe de três filhos, Milene Castro, 42, conta que vê em Maria a inspiração para desempenhar o papel materno. “Quando a gente pensa na figura da Mãe, tudo se volta para Maria. Em casa, busco nela constantemente a força e ajuda para agir da melhor forma. Sem dúvidas, Maria é aquela figura feminina completa e que tem muito a ensinar para todas nós mulheres”, contou.