Diego Monteiro
Fazer supermercado ou ir na feira tem pesado no bolso, já que grande parte das frutas vendidas na Grande Belém apresentou alta nos preços entre março e abril. O maior reajuste encontrado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) foi de 14,57% em um mês.
As cinco frutas que mais sofreram com a disparada nos custos foram: abacaxi com alta de pouco mais de 14,57%; seguidos da manga rosa (14,02%); melão amarelo (9,03%); mamão (6,27%) e maracujá (20%).
Segundo a entidade, ao analisar os quatro primeiros meses do ano esse percentual está bem acima da inflação para o mesmo período, calculada em 2%, segundo o Índice de Preços no Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal explicação é o excesso de chuvas no sudeste e secas no centro-oeste do Brasil.
“Ao analisarmos o levantamento concluímos que são produtos consumidos em larga escala não só em Belém, mas em todo o Pará. Em contraponto, não há uma produção que atenda esta demanda aqui e por isso vamos buscar esses alimentos em outros estados, então além do clima, tem os custos de produção que deixam tudo mais caro”, afirmou o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa.
Os feirantes tentam ajustar como podem os preços. “Usamos algumas estratégias, por exemplo, cortamos as frutas e colocamos na bandeja. Desta forma conseguimos fazer um preço mais acessível”, disse Maurir Ferreira, 48.
Para Nildo Moreira, 44, deve-se levar em consideração o custo dos produtores agrícolas, principalmente a alta dos fertilizantes. “São coisas do mercado, mas dá para pechinchar e encontrar bons preços, além, claro, de pensar em algumas estratégias para economizar. O clima seco e quente motiva o aumento de consumo de frutas como melancia, mamão e manga, por isso são mais caras nesse período, então, a ideia é optar por outras que são consideradas refrescantes, como a própria laranja”.
Alessandra Gonçalves reforça as dicas. “Prefira comprar frutas em seu período de maior abundância, pois o consumidor consegue preços melhores, além de consumir a fruta da melhor qualidade. Nos próximos meses, estamos com a expectativa de queda no custo, principalmente do abacate, goiaba vermelha, abacaxi e tangerina”.