O Hospital Ophir Loyola (HOL) realizou pela primeira vez uma cirurgia de tireoidectomia total por via endoscópica transoral. O procedimento, pioneiro na rede pública de saúde do Pará, foi executado, no final do mês de abril, e quer contribuir com maior qualidade de vida a usuários com câncer de tireoide. A paciente, submetida ao método menos invasivo, tem 34 anos e recebeu alta médica dois dias após a intervenção cirúrgica.
A abreviação em inglês para Tireoidectomia por via Endoscópica Transoral, a Toetva consiste na técnica de remoção da tireoide feita sem a necessidade de incisão na região cervical anterior.
“A técnica padrão anterior tem mais de 100 anos e a aquisição de novas tecnologias permitiu que cirurgias fossem realizadas por mini incisão, as chamadas cirurgias minimamente invasivas. O método utilizado pela primeira vez no Hospital Ophir Loyola é originário da Ásia e foi desenvolvido por um cirurgião tailandês, antes de ser disseminado pelo mundo. A qualificação fez com que a equipe do HOL realizasse a primeira tireoidectomia endoscópica transoral da rede pública de saúde do Pará”, explicou o cirurgião de cabeça e pescoço do HOL, Alberto Kato.
Para a execução do procedimento, o paciente recebe anestesia geral. Em seguida, são feitos três pequenos orifícios, entre os lábios e dentes, por onde são inseridas pinças e uma microcâmera de videocirurgia. A partir da visualização da estrutura, o cirurgião faz a ressecção da tireoide e, com o selamento dos vasos sanguíneos da região, a glândula é retirada pelo canal central. A técnica permite a extração de estruturas de até 3 cm.
Ainda segundo o especialista, o método inovador é menos invasivo e oferece menos riscos ao paciente, que tende a ter uma recuperação acelerada. “O procedimento dura cerca de duas horas, é feito por meio de três furos, e não há corte aparente no pescoço. Além da questão estética, a recuperação é muito melhor. A paciente não precisou ir para a Unidade de Terapia Intensiva e não apresentou complicações, como hemorragia ou rouquidão. Antigamente, era preciso fazer curativos diariamente, mas com essa nova técnica, não há necessidade de curativos ou de retirar pontos. São muitos os benefícios”, afirmou Kato.
Inédito – Para a diretora-geral, Ivete Vaz, “o feito reflete a constante busca dos profissionais de saúde pelo aprimoramento dos procedimentos cirúrgicos”. A gestora ressalta ainda o compromisso da instituição em ampliar o acesso dos usuários a métodos mais rápidos, eficientes e menos invasivos ao corpo humano.
“O Hospital Ophir Loyola é referência em alta complexidade de assistência oncológica e se orgulha por poder contar com profissionais altamente qualificados e com um parque tecnológico moderno e em constante ascensão. Esses e outros fatores, aliados à capacitação e o compromisso das equipes em oferecer assistência segura ao usuário, norteiam o nosso trabalho diário”, disse a diretora Ivete Vaz.
“O Ophir Loyola é um hospital com muita história, mas que não fica parado no tempo. Saber que o HOL está caminhando também com novas tecnologias é muito importante para toda a equipe atuante, que se sente valorizada e motivada a continuar. Não é só o paciente da rede privada que merece procedimentos cirúrgicos mais modernos, o usuário da rede pública merece e conta com essas oportunidades aqui também”, afirmou doutor Kato, que atua há mais de duas décadas na instituição.