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Gerson Nogueira: 'Sob o peso da obrigação'

Foto: Samara Miranda/Remo
Foto: Samara Miranda/Remo

Sob o peso da obrigação

Classificar para a fase seguinte da Copa do Brasil era um sonho, mas todo mundo sabia que seria tarefa difícil. Chegar à final do Campeonato Paraense e levantar o bicampeonato, não. É diferente. O Remo tem plenas condições de brigar pela conquista. Fez investimentos de monta no elenco e deu ao técnico Marcelo Cabo as condições necessárias. O título virou obrigação, principalmente depois que o time foi eliminado pelo rival na semifinal da Copa Verde.

No Baenão, mesmo que isso não seja algo verbalizado, todo mundo sabe que a expectativa da direção é pela chegada à final do Parazão e a busca pelo acesso à Série B. Seriam prioridades naturais, mas a cobrança redobrou após o fiasco na Copa Verde, principalmente pelas circunstâncias da eliminação.

É sob esse clima que o Remo enfrenta hoje o Cametá, no Baenão. Por razões óbvias, o time de Marcelo Cabo é favorito ante a equipe treinada por Rogerinho Gameleira. Na fase de classificação, o Leão fez uma grande atuação contra o Mapará, cravando uma goleada de 4 a 0.

A vitória convincente ficou conhecida por ter sido a melhor partida de Diego Tavares com a camisa azulina. Depois disso, o ponta direita caiu de rendimento e nunca mais conseguiu se encontrar, embora tenha sido mantido como titular.

O cenário se modificou muito a partir da classificação do Cametá para as semifinais. O jogo de ida, no Parque do Bacurau, terminou empatado (1 a 1) sem que nenhum dos times tenha exibido futebol para sair com a vitória.

Hoje, quatro dias depois da derrota dramática em São Paulo, o Remo busca se estabilizar emocionalmente e focar na competição estadual. É provável que Marcelo Cabo repita o time que atuou na Arena Itaquera, incluindo o contestado Pedro Vítor no ataque.

Desde o triunfo sobre o Corinthians, no Mangueirão, o Remo vem jogando com quatro meio-campistas – Uchoa, Richard Franco, Matheus Galdezani e Pablo Roberto. Esse formato deixa o time mais forte na marcação, mas nem sempre permite um jogo de maior ofensividade.

Contra um Cametá que deve atuar na espera, apostando no contra-ataque, caberá aos azulinos tomar a iniciativa, o que significa criar alternativas de ataque para Muriqui, que na partida passada simplesmente não encontrou um lugar no campo, deslocado para a função de armador.

Apesar do favoritismo remista, o jogo tende a ser mais brigado do que o primeiro. O empate deu ao Cametá a convicção de que pode avançar e sonhar com o título.

 

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 22h30, na RBATV. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, as semifinais do Parazão e um balanço da participação paraense na Copa do Brasil. A edição é de Lourdes Cezar.

 

Copa do Brasil foi bem melhor que a encomenda

Os torcedores não estão muito satisfeitos com o rendimento do trio paraense na Copa do Brasil. De fato, o duelo com times da Série A escancarou o precário nível técnico do futebol regional. É uma realidade visível a todos, mas, como é próprio de uma modalidade pautada pela paixão, devaneios costumam nublar a visão de muitos.

Ocorre que se alguém atentar para os números haverá de concluir que Remo, PSC e Águia saíram com os cofres cheios. Sim, o tema aqui é o retorno financeiro, importante item no processo, levando em conta as poucas ambições que nossos clubes tinham na competição.

A premiação do torneio garantiu ao Águia e ao Remo o valor de R$ 3.750.000,00, para cada um dos clubes. O PSC, que entrou na terceira fase da competição, recebeu um bônus de R$ 2,1 milhões. A Tuna, que não passou da primeira fase, ficou com R$ 750 mil.

Quando se acrescenta a arrecadação nas partidas realizadas em Belém, a dupla Re-Pa chega a números inéditos em termos de lucro no torneio. O Remo faturou R$ 2.320.445,48 no jogo com o Corinthians, no estádio Jornalista Edgar Proença, além de embolsar R$ 84 mil pela parte que lhe coube nas partidas com Vitória-ES e São Luís-RS.

No total, os azulinos saíram da Copa do Brasil com um lucro e tanto: R$ 6.154.000,00. O PSC amealhou praticamente a metade, cerca de R$ 3 milhões. O Águia teve renda de R$ 143 mil no cruzamento com o Goiás, em Marabá. Somando com a bonificação, são quase R$ 3,9 milhões.

É claro que os resultados de campo, à exceção do obtido pelo Remo, foram desalentadores e pífios – chapuletadas feias, sofridas por Águia (8 a 1) e PSC (6 a 0). O dinheiro, porém, permitirá que os quatro times possam investir nas competições que terão pela frente. E deixa uma lição: quem se organiza melhor, sempre fatura mais.

 

Seel esclarece sobre incentivo ao judô paralímpico

A Secretaria Estadual de Esporte e Lazer informa que, dos 22 atletas deficientes visuais que solicitaram incentivo para representar o Pará no Grand Prix de Judô Paralímpicos, em São Paulo, 15 processos foram deferidos pois cumpriam a normativa da secretaria.

Os demais processos foram indeferidos por não possuírem ranking e currículo, que são critérios exigidos pela instrução normativa do programa de apoio financeiro aos atletas. Até o momento, os esportistas não apresentaram contestação formal.