Luiz Flávio
O movimento no comércio para o Dia das Mães – considerada a segunda melhor data em vendas no ano pelo varejo nacional – deve registrar um aumento em torno de 8% a 10% na comparação com 2022, segundo projeções da Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio), que está realizando uma sondagem de intenção das compras por ocasião da data. “O levantamento ainda está em fase de coleta de dados, mas já confirmam essas expectativas positivas sobre o aumento no volume de vendas”, destaca Lúcia Cristina Lisboa, economista da federação.
A sondagem realizada pela entidade aponta que 92% dos entrevistados têm intenção de comprar presentes. Quanto ao número, 64,15% pretendem comprar 1 presente; 22,54% 2 presentes; 5,66% 3 presentes; 5,66% 4 presentes; e 1,9% ainda não sabiam. “A pesquisa mostra ainda que 87,30% pretendem presentear a mãe, 18,20% a esposa, 16,40% a sogra, 10,90% a irmã, 1,80% a filha, 12,70% outras”, diz a economista.
Com relação ao nível de desembolso para a compra do presente, 36,4% pretendem gastar mais do que gastaram ano passado; 38,2% desembolsarão o mesmo valor que designaram para as compras do presente ano passado; 18,2% menos do que gastaram em 2022; e 7,2% não compraram ano passado. O tícket médio mais frequente ficou na faixa de acima de R$ 50,00 a R$ 200,00: 62,19%.
Sobre os fatores que mais influenciam as decisões de compra, os principais apontados pela pesquisa foram qualidade do produto (60,6%); preço (60,6%); promoções e descontos (59,1%); localização/ facilidade de acesso às compras (25,8%); e qualidade no atendimento (22%) foram os mais frequentes nas afirmações dos consumidores, mas a segurança (13,6%) também foi indicada como fator importante, seguido da diversidade de produtos (2,1%); facilidade ou flexibilidade de formas de pagamento (9,1%); lojas e estabelecimentos que façam entregas em casa (7,6%); frete grátis (6,1%); e outros (1,5%).
“Pela amostra já coletada verificamos que os resultados apontaram que 43,6% dos consumidores vão às compras na véspera do Dia das Mães e ainda tem os que deixam para comprar no dia, mas 32,7% mencionaram que compram com antecedência de uma semana; 14,5% com 15 dias antes; 3,6% compram um mês antes do dia; 1,8% com dois meses ou mais do Dia das Mães; e 3,8% não informaram”, contabiliza a economista.
LOJISTAS
Os cálculos do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), mostram que o movimento no comércio para o Dia das Mães será quase igual ao projetado pela Fecomércio, tendo um incremento na ordem de 7% em relação ao registrado no ano passado.
“Uma pesquisa recente com consumidores de 3 shoppings da Grande Belém, mostrou que 73% dos entrevistados consideram o Dia da Mães uma das datas mais importantes do ano e afirmam que planejam gastar mais do que o ano passado. Estamos apostando nesse crescimento”, prevê Eduardo Yamamoto, presidente do Sindilojas.
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Os itens de vestuário e acessórios, com 28%; seguidos por calçados e produtos feitos em chocolate com 27% e 20% devem liderar as vendas de presentes para as mães ainda segundo o levantamento em poder do sindicato.
“Um item que tem ganhado mais força nos últimos anos é o eletroeletrônico, puxado pelos smartphones que, a despeito do preço considerado elevado, também devem ter uma grande procura”, prevê o dirigente.
FAIXA ETÁRIA
Ainda segundo a pesquisa, coloca Yamamoto, a escolha do presente das mães sofrerá influência direta de quem as presentearão, sobretudo no que diz respeito a faixa etária. “As crianças, em sua maioria, escolhem como presente, roupas. Enquanto que os adolescentes preferem presentear suas mães com cosméticos. Já adultos buscam por proporcionar experiência, recorrendo a pacotes de viagens”, revela.
Nesse último caso encontra-se a jornalista Gabriela Dutra da Costa, 36. Ela diz que o Dia das Mães é um momento em família, “que celebramos a saúde e a vida das nossas mães”. “Minha mãe gosta muito de viajar. Por isso, meus irmãos e eu decidimos que esse ano daríamos uma passagem para ela visitar a nossa irmã que mora fora. Assim, ela vai celebrar o dia dela ao lado de quem ama, matar a saudade e, de quebra, passear muito”, antecipa.
Gabriela levará a mãe Elizabeth Dutra para visitar a irmã Izabela, que mora na cidade de Kandel, localizada no sudoeste da Alemanha.
Já Clara Bandeira Cruz de Sousa, 20, estudante de Literatura e Ciências Sociais diz que ainda não sabe exatamente qual será a programação do Dia das Mães. “Geralmente a gente faz um café da manhã especial para ela porque ela geralmente precisa trabalhar depois. Ela gosta muito de ganhar roupas, então planejo dar de presente alguma roupa que ela goste nessa área ou produto de maquiagem ou de autocuidado, que são coisas que ela precisa muito, já que trabalha com a imagem”, diz a filha da jornalista Nara Bandeira.
A família da advogada tributarista Thays Cantanhede Paes, 32, também se reúne tradicionalmente no domingo das Mães reunindo mães, filhas – que agora também são mães – e netos.
“Esse ano o almoço será bem paraense, com um delicioso vatapá preparado pela minha mãe Ana Gertrudes. A escolha do presente sempre é uma missão difícil, ainda mais quando se tem uma mãe exigente. Esse ano vamos dar um presente especial a ela: um colar personalizado com 4 pingentes, simbolizando os netinhos”.
