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Gerson Nogueira: passeio tricolor, Leão no jogo do ano e 'penetras' no Mangueirão

Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Um tranquilo passeio tricolor

Como é bonito ver este Fluminense de Fernando Diniz jogar. Com um futebol envolvente, o Tricolor transformou a disputa por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil num tranquilo passeio, completado de forma brilhante e com atuação caprichada, ontem, no novo Mangueirão. Sem poupar titulares, o Flu repetiu o placar da ida, fazendo 3 a 0 e marcando um acachapante 6 a 0 no placar agregado.

O início da partida teve um PSC mais ousado, investindo no ataque e aproveitando o entusiasmo do torcedor. Em ritmo forte, a equipe paraense tentava chegar ao gol para ganhar força em busca do sonho quase impossível da classificação. Ficou na boa intenção. Luís Phelipe mandou um belo chute logo no primeiro minuto, e foi só.

Aos poucos, o Fluminense foi se apoderando do espaço e, logo aos 4 minutos, chegou ao gol. John Arias cobrou falta mirando no artilheiro Cano, que apanhou de primeira para balançar as redes.

O Flu fazia a bola girar de pé em pé, naquele sistema de compactação que confunde a marcação e desgasta o adversário. O jogo era aberto e franco, mas a bola quase sempre estava nos pés do visitante, que partia para o ataque a todo instante levando sempre imenso perigo.

O Papão era obrigado a se desdobrar para acompanhar as triangulações rápidas do adversário. Sempre livre no centro do campo, Ganso distribuía passes e arriscava também, como no chute que assustou Thiago Coelho.

Logo depois, aos 31’, Cano recebeu bom passe, mas bateu para fora. Keno fez o mesmo. Felipe Melo deu uma vacilada e Mário Sérgio teve excelente oportunidade, mas aproveitou mal, disparando em cima de Fábio.

Antes do fim do 1º tempo, o Flu ampliou, sem fazer muito esforço. Aos 43’, Keno foi lançado por Lima na entrada da área bicolor e bateu no canto esquerdo, tirando a bola do alcance de Thiago Coelho.

A situação estava controlada e Diniz tratou de poupar seus jogadores mais desgastados – Ganso, Arias, Samuel Xavier e Felipe Melo. Entraram Pirani, Guga, John Kennedy e Manoel. As mexidas não mudaram o clima em campo. O Flu continuou agressivo, sem baixar as linhas. O Papão assistia.

Márcio Fernandes botou Ricardinho no lugar de João Vieira, mas o volante ficou trocando passes laterais com Fernando Gabriel e Giovani. Enquanto isso, o Flu apertava a saída de bola. Pirani e Isaac conseguiram um desarme e a bola ficou com Kennedy, que deu um tapa e fechou a contagem. Placar final: 6 a 0. Retrato fiel da abissal diferença entre os dois times.

Em Itaquera, Leão faz jogo mais importante do ano

Há muito em jogo no desafio de Itaquera, que o Remo encara hoje à noite. O adversário é historicamente muito forte em seus domínios. A torcida lota o estádio e empurra o Corinthians muitas vezes para missões impossíveis. A vantagem de 2 a 0, estabelecida pelo Remo no jogo em Belém, é expressiva, mas não impossível de ser revertida.

Óbvio que a comissão técnica e os jogadores do Leão sabem disso. Todos têm experiência suficiente para entender o nível de dificuldades que o jogo terá. Para enfrentar situações do tipo, as regras são bastante conhecidas.

É preciso lutar muito para evitar sofrer gol logo de cara. Ou seja, o gol do adversário pode até sair, mas que seja o mais tarde possível. Quanto mais tempo o anfitrião sofrer, melhor. Ainda mais um time que está pressionado por resultados ruins e um técnico novo também muito contestado.

Estratégia é fundamental. O Remo, na única grande decisão que teve até agora (contra o PSC, na Copa Verde), fracassou pelos equívocos na administração da vantagem. Marcelo Cabo ganha uma oportunidade gigante de acertar a mão desta vez. A parada é difícil, mas não impossível.

Águia cumpre tabela e busca uma despedida honrosa

Nada mais resta ao Águia na Copa do Brasil, a não ser um adeus digno e preferencialmente com vitória. Apesar de modestos, esses objetivos não são fáceis de alcançar. O Fortaleza de Vojvoda e Pikachu atravessa grande fase, triturando adversários dentro e fora de casa.

O contundente 6 a 1 aplicado no jogo de ida decidiu o cruzamento entre as equipes. É impossível que o Águia consiga reverter, mesmo que faça a melhor partida de sua história. A consciência dos limites é o melhor que o Azulão pode ter a essa altura, além de se preparar melhor para 2024.

Imprensa sofre para trabalhar no novo Mangueirão

Repórteres de rádio, TV e jornal estão pagando todos os pecados possíveis e imagináveis para exercer sua atividade profissional no estádio Jornalista Edgar Proença e demais praças esportivas do Estado. Recentemente entregue à população paraense pelo governador Helder Barbalho, o novo Mangueirão oferece conforto e comodidade e se estabelece como uma das arenas mais modernas do país.

O problema é que, por força de assessores da FPF, o trabalho dos profissionais da imprensa tem sido cerceado em todos os jogos realizados no Mangueirão. As proibições prevalecem sobre o bom senso, com cenas de desrespeito a profissionais que exercem o ofício há décadas.

Ontem à noite, a situação bizarra se repetiu. Dezenas de aspones, curiosos e pessoas não identificadas transitam pela chamada “zona mista”, área destinada preferencialmente a entrevistas de atletas e técnicos. Os trabalhadores são impedidos de trabalhar e os penetras têm passe livre para perambular e tietar jogadores, sem credenciais para estar ali.

Algo precisa mudar, antes que outras instâncias sejam acionadas para coibir a bagunça e o desrespeito. A imprensa só quer trabalhar. Por favor, não atrapalhem.