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41% dos brasileiros espionam o celular do parceiro

As razões que as pessoas deram para bisbilhotar os dispositivos de seus parceiros variaram de suspeitas de traição, a simplesmente serem intrometidas. Foto: Divulgação
As razões que as pessoas deram para bisbilhotar os dispositivos de seus parceiros variaram de suspeitas de traição, a simplesmente serem intrometidas. Foto: Divulgação

A Avast, empresa especializada em segurança digital e privacidade, divulga os resultados de uma pesquisa encomendada entre 1.000 brasileiros, perguntando para as pessoas em relacionamento se já acessaram o dispositivo móvel de seus parceiros.

Os resultados revelam que 61% (57% homens versus 65% mulheres) espiaram o telefone de seus parceiros e, destes, 41% o fizeram sem permissão (36% homens versus 45% mulheres). Apesar disso, 69% dos brasileiros que verificaram o telefone do parceiro, concordam que não têm o direito de acessar o dispositivo sem permissão.

“Nenhuma forma de espionagem é aceitável. Qualquer acesso indesejado é uma violação de privacidade”, diz Javier Rincón, Gerente Regional para América Latina da Avast. Dos brasileiros que acessaram o dispositivo do parceiro, 23% admitiram ser intrometidos.

Outros 3% fizeram isso para instalar um aplicativo sem o conhecimento do parceiro e 2% queriam verificar onde o seu parceiro estava fisicamente em um determinado momento e local. Esses números podem parecer baixos, mas esse comportamento pode representar um grande problema, psicologicamente e até fisicamente, para os indivíduos afetados que foram espionados”.

As razões que as pessoas deram para bisbilhotar os dispositivos de seus parceiros variaram de suspeitas de traição, a simplesmente serem intrometidas.

“Essa prática comportamental de invasão da individualidade do outro está ligada ao apego relacionado a um amor romântico que manipula, é ciumento e controla. Geralmente, as coisas acontecem aumentando de grau aos poucos e de forma sutil, podendo escalar a níveis mais sérios de invasão de privacidade, perseguição até agressões físicas”, disse Paula Lopes, Coordenadora Geral do CDDM (Centro de Defesa do Direito da Mulher) de Alagoas.

EVIDÊNCIAS

Dezesseis por cento dos brasileiros que bisbilhotaram os telefones, encontraram evidências de que o parceiro estava escondendo algo. Um quarto (25%) dos entrevistados admitiram terem brigado sobre algo descoberto no telefone do parceiro.

Os aplicativos de galeria de fotos e vídeos foram os mais acessados (49%), seguidos por aplicativos de mensagens de texto ou apps de mensagens similares (39%), e por aplicativos de redes sociais como Facebook ou Instagram (37%).

A pesquisa online foi realizada entre 1.000 usuários do Avast, de 27 de janeiro de 2022 a 23 de março de 2022.

Dicas para proteger a privacidade digital

Javier Rincón compartilha as seguintes dicas para proteger os dispositivos móveis contra espionagem indesejada:

  • Proteção por senha: senhas, padrões e biometria são como um sistema de cadeado e chave para smartphones, protegendo os telefones de serem acessados por qualquer pessoa que coloque as mãos no dispositivo, incluindo parceiros românticos.

  • App Lock: adiciona uma camada extra de proteção aos aplicativos exigindo um PIN, senha ou biometria para acessar determinados aplicativos. Por exemplo, o Avast Mobile Security inclui um recurso de bloqueio de aplicativo, que permite aos usuários proteger aplicativos com dados confidenciais.

  • Uso de ferramentas de segurança: aplicativos de segurança, como o Avast Mobile Security, detectarão aplicativos como stalkerware e ajudarão os usuários a removê-los, caso tenham sido instalados sem permissão.