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Depois da vitória sobre o Azulão, Paysandu foca no Fluminense

Tylon Maués

Dois dias depois de vencer o Águia por 1 a 0, em Marabá, no jogo de ida da fase semifinal do Campeonato Paraense, o Paysandu se volta totalmente para o compromisso de amanhã. O Papão recebe no Mangueirão nesta terça-feira o Fluminense-RJ, em jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Na ida, no Maracanã, o Fluzão venceu por 3 a 0 e pode até perder por dois gols de diferença que fica com a vaga para a próxima fase. Depois da volta do interior do Pará, o elenco bicolor terá apenas hoje para um último treino antes do desafio.

Talvez por isso, pela importância de tudo o que envolve a Copa do Brasil, o Papão tenha tido uma atuação baseada na segurança defensiva em Marabá. Por mais que o Águia tenha ido para cima e pressionado, a maioria esmagadora das boas defesas do goleiro Thiago Coelho foram em chutes de fora da área. Os bicolores que mais se destacaram foram os jogadores defensivos, mas ao fim da partida, com o gol solitário de Mário Sérgio, a impressão que ficou foi de um Papão com o freio de mão puxado, pensando mais adiante e garantindo uma excelente vantagem para o jogo de volta da semifinal paraense.

Em tempo, o gol do Super Mário aos 9 minutos do segundo tempo saiu numa penalidade mal marcada pelo árbitro Klever da Costa Lobo. O lateral-esquerdo Eltinho foi derrubado fora da área, em um lance de fato confuso e muito rápido, mas as imagens da partida deixaram claro que foi um erro. Após a partida, ao ser perguntado sobre a atuação do árbitro, o técnico do Paysandu preferiu não tecer comentários. “Não vou falar sobre arbitragem. Já fui prejudicado e já fui favorecido, mas só falo do meu time”, afirmou Márcio Fernandes. Papão e Azulão se enfrentam novamente no dia 29, no próximo sábado, na Curuzu.

MUDANÇA DE ESTRATÉGIA – O técnico Márcio Fernandes surpreendeu na escalação para o jogo de sábado ao mandar a campo um time com três zagueiros: Genilson, Filemon e Wanderson. O treinador bicolor só havia feito isso uma vez nos quase dois anos em que está na Curuzu, justamente na segunda partida decisiva da Copa Verde do ano passado. Fernandes explicou que a decisão se deu pelas características do time marabaense.

“É muito complicado jogar aqui e temos que enaltecer nossa equipe. Era um ponto forte do Águia e tínhamos que neutralizar essas jogadas aéreas e nosso time foi feliz em seu objetivo”, disse. “Temos que dar mérito à nossa zaga. A estratégia deu certo. Tivemos o melhor lance do primeiro tempo com o Mário no primeiro tempo e erramos. No segundo tivemos a chance do gol e fizemos”, completou Fernandes.

Para o comandante bicolor, a atuação segura do Paysandu é sintomática de um esperado bom nível na reta final do primeiro objetivo do ano, o título estadual. “É importante chegar à reta final do campeonato em boa condição. Tivemos muitas dificuldades com a perda de jogadores e passamos por essa turbulência. Agora a equipe já tem uma cara, com poucos jogadores no departamento médico, nada de grave. Isso dá tranquilidade e confiança”.