LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E GABRIELA BRINO
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians anunciou o técnico Cuca nesta quinta-feira (20), após realocar Fernando Lázaro para comissão permanente do clube. O que esperar do trabalho dele?
A blindagem no vestiário é um dos pontos principais do trabalho do Cuca. Ele faz questão de estar fechado com o elenco.
Consequentemente, haverá melhora de clima no vestiário. Cuca é visto como um ‘paizão’ pelos jogadores. Tem o costume de aconselhar, conversar e deixar o ambiente descontraído.
No campo, Cuca costuma ser ofensivo, mas se preocupa tanto com a parte tática quanto com fator psicológico do elenco.
Assim que chega, ele costumar pedir informações de funcionários e, se detectar “laranjas podres”, pede para a diretoria se livrar.
Cuca gosta de falar com o elenco de igual para igual, não de cima para baixo. No primeiro dia da última passagem no Santos, por exemplo, ele combinou com os atletas qual seria a prioridade em busca de título. A Libertadores foi a escolhida, e o Peixe foi vice-campeão na final contra o Palmeiras.
Cuca não se prende a um time titular e muda de acordo com o adversário, apesar de gostar de ter os “ponta firme” na equipe no maior tempo possível.
Ele também detecta rapidamente os capitães e cria uma relação especial com eles. Define estratégias táticas, discute chances para os mais novos e combina até discursos na imprensa. As conversas com Cássio, Renato Augusto, Fagner, Gil e outros experientes serão frequentes.
O técnico é atento à base e gosta de ver treinos dos garotos, mas tem preocupação em lançar atletas muito novos em ambiente de pressão. Ele refletiu sobre o assunto ao lançar Ângelo, com apenas 15 anos, no Santos.