“O Hospital já realiza transplantes de rim e córnea, e pretende beneficiar pacientes portadores de leucemia, linfomas e mielomas com o credenciamento do novo procedimento. Cerca de 90% da demanda oncohematológica do Pará é assistida pelo HOL e são pacientes acometidos por doenças graves das células sanguíneas. Em razão desse fato, não temos medido esforços para facilitar a realização do transplante de medula óssea, a fim de evitar que nossos pacientes precisem se deslocar para outros centros transplantadores do país”, destacou a diretora-geral do HOL, Ivete Vaz.
“A nossa equipe transplantadora será composta pelo responsável técnico, dois médicos e uma enfermeira treinada fora do Estado. Todos têm conhecimento técnico elevado para a realização desse procedimento. Em se tratando de estrutura física, o hospital dispõe de uma clínica de oncohemtologia bem estruturada, com equipe multidisciplinar especializada e 16 leitos de internação, que assiste os pacientes acometidos por enfermidades com indicação ao transplante. Hoje, não existe fila de espera para internação em nossa especialidade”, ressaltou o especialista.
Após o credenciamento, o hospital dará início à primeira fase do projeto com a realização do transplante autólogo, ou seja, transplante de células-tronco, fundamental para o tratamento de linfoma e mieloma múltiplo. “Esse método é realizado com a coleta da medula do próprio paciente, de onde serão retiradas as células por meio de aférese para serem congeladas e devolvidas na medula no dia do transplante. Na segunda etapa, trataremos leucemias com o transplante alogênico, que ocorre com a doação de uma medula saudável para o enfermo”, esclareceu o oncologista.