Os pães, biscoitos e salgados produzidos diariamente pelas custodiadas do Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), deram espaço para mais de 17 quilos de chocolate. Nesta terça-feira (04), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Diretoria de Reinserção Social (DRS), promoveu pela primeira vez a confecção de ovos de Páscoa para doação. Mais de mil ovos de chocolate foram feitos pelas internas.
A ação ocorreu na área de panificação do CRF, que conta com equipamentos como masseira, forno, cilindro (para a mistura da massa), depósito e estufa, além de todos os utensílios necessários para uma cozinha industrial. Os ovos de chocolate serão divididos, sendo metade para doação a instituições que atendem crianças em situação de vulnerabilidade, em Belém, e o restante para os filhos dos custodiados das casas penais da Região Metropolitana de Belém.
“Hoje a panificadora está exclusivamente focada na produção dos ovos de Páscoa de chocolate. É uma grata satisfação participar dessa ação. Estou acompanhando para concluirmos mais essa missão, e garantir mais alegria para as crianças”, disse Paulo Galvão, tutor da panificação da Seap.
Para a coordenadora de Trabalho e Produção da Diretoria de Reinserção Social (DRS), Raquel Lima, a Seap vem promovendo atividades que contribuem para a mudança de vida de pessoas privadas de liberdade.
“Este é o primeiro ano que estamos produzindo ovos de Páscoa para doar aos filhos dos custodiados durante o dia de visita nas unidades do sistema penal da Região Metropolitana de Belém, do Complexo Penitenciário de Marituba e Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Vamos também doar para crianças em situação de vulnerabilidade. A Páscoa é um momento oportuno para falar sobre mudança de vida e contribuir para uma sociedade mais inclusiva e equalitária”, ressaltou Raquel Lima.
O recurso para a aquisição dos insumos usados pelas internas é oriundo do Fundo do Trabalho Penitenciário, que gera retorno financeiro para investimento e ampliação dos projetos de reinserção social. A renda obtida com a venda de biscoitos e salgados produzidos no CRF é destinada à produção dos pães usados na 5ª refeição das pessoas privadas de liberdade, em seis unidades prisionais da Região Metropolitana.
Beatriz Silva Santos, 22 anos, que trabalha há 1 ano e 4 meses na panificação, disse sentir orgulho do trabalho que faz. “Eu faço vários tipos de doces, e hoje aprendi a fazer os ovos de Páscoa. Nunca tinha feito, mas achei bem fácil. Fico feliz em saber que as crianças vão receber os ovos que eu ajudei a fazer”, disse.