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Com show na Rajada Night, Elder Effe lança terceiro álbum solo

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“O Ciclo das Flores” chega com referências na sonoridade do rock dos anos 1980 e 1990. FOTO: MATTUS FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO
“O Ciclo das Flores” chega com referências na sonoridade do rock dos anos 1980 e 1990. FOTO: MATTUS FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO

Wal Sarges/Diário do Pará

Significativo, o terceiro álbum solo do músico e compositor paraense Elder Effe, representa para o artista aquilo que ele próprio imaginara há muitos anos e somente agora pode apresentá-lo ao público. “O Ciclo das Flores”, já disponível nas plataformas digitais, será apresentado em formato de show nesta quinta-feira, 6, às 20h, no Núcleo de Conexões Na Figueredo, na 14ª edição da festa Rajada Night. O show de abertura será da banda Aeroplano e DJ Damasound.

A sonoridade resgata as influências musicais de Elder durante o final da década de 1980 e início dos 1990, quando ele, apenas um menino, já ouvia os sons de Nirvana e outras bandas daquela época. “Este é o disco que eu queria fazer desde que tinha 14 anos de idade. Essa era a sonoridade que eu estava buscando há mais de 20 anos (risos) e traz uma similaridade musical com o trabalho que eu fazia antes, no Ataque Fantasma e Suzana Flag”, diz Elder Effe, sobre as bandas que integrou como compositor e vocalista.

O novo trabalho do músico possui oito faixas, nas quais Elder assume a voz, guitarras, baixo, arranjos e a produção musical do álbum. Contou ainda com a participação de Augusto Oliveira, ex-integrante do Molho Negro, que gravou as baterias nas músicas. “O disco é influenciado pelo rock dos anos 1990. Tive a felicidade de ter sido uma criança dos anos 1980 e influenciado por bandas de rock quando eu estava aprendendo a tocar violão”, reitera.

O disco resulta ainda de uma experiência maior do artista, que este ano completa 25 anos de carreira – a comemoração oficial, ele planeja para o mês que vem. “São 25 anos também como produtor musical. Isso me permite chegar aos sons que estão na minha cabeça. A forma como eu gravei este disco é a mesma, mas antes, eu fazia numa fita cassete, emulando bateria no teclado. Agora a gente vai para o estúdio e tem outros equipamentos. Essa soma de coisas faz toda a diferença”, considera o músico.

O décimo da carreira, “O Ciclo das Flores” rememora alguns momentos marcantes para Elder. “O meu ‘debut’ foi com ‘Fanzine’ (2003), lançado no Na, com o Suzana Flag, e agora volto para esse mesmo lugar com ‘O Ciclo das Flores’. Ele está repleto de coisas simbólicas”, conta o músico sobre o show que contará com a participação da baixista Inesita, parceria já de longas datas com Elder, e de Augusto Oliveira na bateria e voz.

ARROJADO

A capa do disco, produzida por Elder Effe, traz uma proposta instigante com uma imagem de oito flores em uma garrafa de veneno. “Cada flor é uma canção. A ideia da capa é mostrar que o disco tem uma coisa mais ‘envenenada’, tanto nas letras quanto na poesia. Nas letras, continuo falando sobre a vida, sentimentos, como na faixa-título, ‘O Ciclo das Flores’, que eu fiz para a minha filha, Sofia. Fala sobre reconhecer as relações importantes da vida”, descreve.

“Costumo fazer um relato de emoções e pessoas, mas tem ainda um relato político de tudo o que vivemos durante o período do governo passado, porque não tem como ter vivido tudo isso e não sentir o que sentimos ou não refletir nas letras das músicas”, afirma o artista sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Elder Effe diz que novo álbum mostra seu percurso como “cantautor” FOTO: Mattus Fotografia/Divulgação

Novo trabalho fecha ciclo criativo

O primeiro disco solo de Elder Effe é do final de 2012, chamado “As Crônicas do Bandido”. Foi lançado pelo selo Na Music quando Elder assumiu o violão como principal instrumento.

“Pássaros” (2017), por sua vez, surgiu com uma proposta sonora carregada de influências do country clássico e blues, além de elementos já presentes nos outros trabalhos do músico, como o folk e o rock alternativo.

“Gosto de cada álbum indicar um caminho. Achei que estava na hora de me reconectar com o rock mais pesado, influenciado por bandas do rock do final dos anos 1980 e início dos 1990. Outra coisa é mostrar meu percurso como um ‘cantautor’, porque tem músicas que foram feitas há mais de 10 anos e só agora encontrei a oportunidade para colocá-las num álbum. ‘Circular’, por exemplo, é uma música que eu tocava com o Ataque Fantasma e outra é ‘Canção de 2 Polegadas’, que também é daquele período”, conta o artista.

Gravado no Legacy Estúdio, Casarão Floresta Sonora e Contraposto Home Studio, em Belém, no ano passado, o álbum contou com a gravação e mixagem de Diego Fadul. Teve ainda a participação do parceiro de guitarra de Elder, Camillo Royalle. Na masterização, Yago Marques é outra parceria com quem Elder já havia trabalhado no EP “Elder Effe e The Sinks” (RN), resultando em mais uma dobradinha entre Pará e Natal (RN).

Capa do disco “O Ciclo das Flores”
CHEGUE LÁ

Rajada Night – Show de Elder Effe / Lançamento do álbum “O Ciclo das Flores”
Atrações convidadas: Aeroplano + DJ Damasound
Quando: Quinta, 6, a partir de 20h
Onde: Núcleo de Conexões Na Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449 – Nazaré)
Quanto: R$15 (antecipado); R$20 (portaria).