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Setor de serviços lidera na abertura de vagas de trabalho

Sérgio dos Santos é empresário do ramo de barbearia. Na próxima segunda-feira são esperados mais dois novos funcionários
Sérgio dos Santos é empresário do ramo de barbearia. Na próxima segunda-feira são esperados mais dois novos funcionários

 

Diego Monteiro

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) concluiu que, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2023, o setor de serviços foi o que mais abriu vagas de empregos formais no Pará: saldo positivo de 4.413 vagas de carteiras assinadas.

Já em um comparativo entre admitidos e desligados, as análises mostram também que nos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, o saldo de empregos no setor foi positivo e gerou mais de 16 mil postos de trabalho em todo Pará, colocando o estado em segundo lugar na lista dos que mais geraram oportunidade no mercado de trabalho na região norte do país.

Nos últimos 12 meses, o setor de serviço se manteve ainda no topo da lista no número de contratações formais no período em que a pesquisa foi realizada. Os estabelecimentos que estão dentro desses critérios são responsáveis por empregar mais de 345 mil paraenses, de acordo com os dados do Diesse/PA.

Sérgio dos Santos, de 32 anos, é empresário do ramo de barbearia, uma delas localizada no bairro do Jurunas, em Belém. No período mais crítico da pandemia, o local precisou fechar as portas, mas manteve o quadro de funcionários seguro. Na próxima segunda-feira, 3, por exemplo, são esperados mais dois novos funcionários que ajudarão a compor o quadro da barbearia.

Apesar das condições delicadas que o mercado ainda vive, Sérgio contou que pretende abrir uma nova filial. “Graças a Deus estamos vivendo em recuperação e esse processo é um passo de cada vez. Passamos por um momento delicado e estamos aqui, vivos e gerando emprego. Com as duas novas pessoas que vão chegar ficaremos com oito funcionários”.

Iziane Santana Teles, 25, trabalha no local há pelo menos três anos. “Por aqui o movimento é bem intenso, portanto, é justificável que sempre haja oportunidade para quem possui habilidades. Apesar de toda a dificuldade, todos precisam cortar o cabelo, fazer a barba e isso faz com que tenhamos sempre uma segurança a mais em relação aos nossos empregos”, frisou a barbeira.

Josivane Alho, 28, trabalha em uma padaria localizada na rua Nova, com a travessa Lomas Valentinas, no bairro da Pedreira. De acordo com a atendente, o movimento é grande durante maior parte do tempo e esta é a principal justificativa para manter o negócio sempre funcionando e gerando renda.

“Graças a Deus já trabalho há um tempo aqui e tenho certeza que se precisar contratar outras pessoas, caso a demanda aumente, teremos recursos para isso. Acho que o pão é um dos alimentos que não pode faltar na mesa do paraense, então mesmo com pouco dinheiro, o cliente vem e compra”, completou Josivane Alho.

Nazareno Pimentel, 57, é cliente do local e confirma a informação. “Compro pão de manhã e à tarde. Mesmo que estejamos naquele dia de maior aperto, separamos uma moeda para comprar umas unidades. Acho que uma padaria, salão de beleza, barbearia, entre outros, apresentam bons saldos no emprego por serem serviços essenciais para toda a população”, concluiu o autônomo.