Polícia

Quadrilha do 'Leo 41': dos 13 mortos em operação no RJ, 9 eram do Pará

Leonardo era foragido e o principal alvo da operação. Foto: Divulgação
Leonardo era foragido e o principal alvo da operação. Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou as 13 pessoas mortas durante uma operação realizada no Complexo do Salgueiro, na última quinta-feira, 23, que teve como alvo o traficante paraense Leonardo Costa Araújo, o Leo 41.

Dos 13 mortos, nove são paraenses, incluindo o líder da quadrilha, Leo 41. Apenas dois deles ainda tinham a ficha limpa na polícia, contudo se exibiam nas redes sociais com armas e declarando que pertenciam à ‘Tropa do 41, em alusão a Leo.

Os mortos foram identificados como: Ygor Nascimento da Costa, 26 anos; Leonardo Costa Araújo, 37; Elton dos Santos Aguiar; Ana Gabrielly Pantoja Machado; Kevison Kauan Gomes da Costa; Joel de Azevedo Serrão; Alan Roberto Braga e Gesanias Marques Campos. Os nomes foram divulgados pelo site G1 Rio de Janeiro.

Entre os nomes, destaque para Ana Gabriely Pantoja Machado, a ‘Faixa Rosa’. Ela era apontada pela polícia como segurança do traficante e atuava como uma das principais guarda costas de Leo 41.

Ana Gabriely Pantoja Machado, a ‘Faixa Rosa’. Foto: Reprodução

QUEM ERA LEO 41
Em coletiva à imprensa realizada na Delegacia Geral da Polícia Civil, em Belém, o delegado-geral Walter Resende informou que Leonardo era foragido e o principal alvo da operação. Resende também lembrou que a onda de ataques a agentes públicos de segurança, que iniciou em 2020 no Estado, eram comandadas por L41, do Rio de Janeiro.

“Através de uma investigação minuciosa realizada pela Polícia Civil do Pará, foram identificadas as principais lideranças criminosas, que comandam o crime no Estado, mas estavam coordenando as operações de fora do Pará. A operação foi deflagrada hoje, com o apoio das polícias militar e civil do Rio de Janeiro, mas ainda não acabou. Ao final, vamos fazer um relatório de tudo o que for apreendido. Até o momento, várias armas curtas e longas foram apreendidas”, destaca o delegado-geral.

O Secretário de Segurança Pública do Estado, Wallame Machado, afirmou que Leonardo Araújo, era natural de Belém, morou no bairro da Cremação e também em outros bairros da capital. Ele assumiu a liderança da facção no Pará a partir de setembro de 2020, após a prisão da então liderança, Claudio Augusto Andrade, conhecido como ‘Claudinho do Buraco Fundo’, que era da região de Icoaraci.

Além da principal liderança da facção, outros paraenses ligados ao crime organizado também passaram a residir no estado do Rio de Janeiro.

“A tropa do Pará ou tropa do 41, era formada por um grupo de paraenses que faziam parte da facção, e emitem ordens de ataques a agentes públicos de segurança do Estado, desde de 2020. Porém, nenhum ataque aconteceria sem a conivência do L41. Foi, então, dado pelo Estado do Pará, o maior golpe que essa facção criminosa poderia ter sofrido. Sua principal liderança, que era alvo de vários mandados de prisão, veio a óbito em confronto com a polícia”, informou o secretário.

Sobre possíveis retaliações de grupos criminosos, o secretário de Segurança afirma que “As inteligências estão todas reunidas, para analisar movimentação e assegurar tranquilidade à população. Para qualquer evento, nós estamos preparados”.