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Novo Mangueirão: que venham novas histórias e emoções para o torcedor paraense!

Nildo Lima

Demorou algum tempo para que o torcedor paraense voltasse a reencontrar o Mangueirão, que há tempos necessitava de uma obra de reforma, assim como o aumento de sua capacidade de público, que saltou das 35 mil para 50 mil pessoas. Mesmo ainda em fase de testes, mas com todas as inovações implantadas no local, os torcedores de Remo e Paysandu, que fazem, hoje, a primeira festa de reinauguração da praça de esportes, não veem a hora de poder voltar a ocupar as arquibancadas e cadeiras do “Colosso do Bengui”, como também é chamado o estádio Edgar Proença, inaugurado oficialmente em 1978.

Até mesmo quem não torce por Leão e Papão, mas que costuma frequentar o Mangueirão, não abre mão de conhecer de perto o novo estádio. É o caso do simpatizante da Tuna Luso, Luís Cláudio Favacho, de 26 anos. “Se antes o Mangueirão já era orgulho para nós, torcedores, agora é muito mais”, diz. “Vou ao estádio no domingo, mesmo não torcendo pelos dois times. Já comprei meu ingresso para constatar in loco tudo o que foi feito de melhor no local e sei que são muitas novidades”, afirma Favacho, que viu sua Lusa sagrar-se campeã da Taça de Prata, em 1985, no estádio. “Um momento inesquecível”, assegura o torcedor.

Entre azulinos e bicolores o momento é de euforia pela volta do estádio, no qual Leão e Papão já disputaram cerca de 220 clássicos no local. Caso do jornalista Paulo Bemerguy, de 63 anos, que diz ter gravado na memória os seus melhores momentos no Mangueirão. “Eles aconteceram em 2005 na campanha do Remo, o meu time, quando sagrou-se campeão da Série C, inclusive na vitória por 4 a 1 contra o Tocantinópolis-TO, com o estádio recebendo um de seus maiores públicos com cerca de 42 mil pessoas”, conta. “Espero que essa nova era me traga muitas outras boas recordações do estádio”, diz.

O torcedor do Paysandu, Luiz Augusto Amorim, de 40 anos, é outro que não economiza elogios ao estádio e guarda bons momentos vividos por ele no local. “Foram tantos jogos marcantes que chega a ser difícil eleger esse ou aquele”, diz. “Mas as campanhas do Paysandu na Copa dos Campeões (2002) e na Libertadores (2003) são momentos mágicos, sem dúvida”, afirma. “No domingo estarei lá, com toda a certeza. Quero ver de perto tudo de bom que foi feito no estádio e, claro, torcer pelo meu Papão”, comenta. A reabertura do Mangueirão promete reacender a velha rivalidade entre azulinos e bicolores em uma nova casa.