SAMUEL FERNANDES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O uso da vacina bivalente contra Covid começou há algumas semanas no Brasil. O objetivo do Ministério da Saúde é aplicar o imunizante em grupos que correm maior risco de desenvolver quadros graves da doença.
Um deles são as grávidas e puérperas, mães cujo bebê nasceu recentemente -até 45 dias.
Só na capital paulista, a Secretaria Municipal da Saúde estima que 130 mil mulheres possam receber a dose a partir da próxima segunda (20).
Veja abaixo as respostas a dúvidas recorrentes sobre a imunização.
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QUANDO E ONDE COMEÇA A VACINAÇÃO COM O REFORÇO PARA GRÁVIDAS E PUÉRPERAS?
Segundo o cronograma do Ministério da Saúde, o reforço para grávidas e puérperas com a vacina atualizada deve iniciar nesta segunda (20) na rede pública brasileira.
No entanto, o cronograma desenvolvido pela pasta é uma indicação para as secretarias de saúde. Ou seja, pode ser que em alguns municípios o reforço comece a ser aplicado depois ou mesmo já tenha sido iniciado.
Este último caso é o da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria municipal da capital fluminense, a vacinação com a vacina da Pfizer bivalente começou na última segunda (13).
“Nos três primeiros dias da campanha com a vacina bivalente foram imunizadas cerca de 1.500 mulheres, entre gestantes e puérperas”, completou a secretaria.
O QUE É PRECISO PARA TOMAR A VACINA?
O Ministério da Saúde diz que, para gestantes, não é necessário nenhum documento que comprove a gravidez. Basta que a mulher afirme estar grávida. No caso das puérperas, é necessário apresentar algum documento que comprove o nascimento do bebê. Certidão de nascimento, cartão da gestante ou um documento da maternidade em que ocorreu o parto são alguns exemplos.
Além disso, para tomar a vacina bivalente, é necessário que a gestante ou puérpera tenha completado o esquema básico com duas doses -ou uma dose, no caso da Janssen- da vacinação contra Covid.
Também é necessário que a última dose tenha sido aplicada com o intervalo mínimo de quatro meses.
COM QUANTOS MESES DE GRAVIDEZ PODE TOMAR A VACINA CONTRA A COVID?
O Ministério da Saúde não preconiza uma quantidade mínima ou máxima de meses de gravidez para que as gestantes recebam a dose atualizada da vacina contra a Covid.
POR QUE TOMAR O REFORÇO COM A VACINA BIVALENTE?
A vacinação é essencial para qualquer pessoa que deseja se proteger contra a Covid, evitando quadros graves da doença.
A dose bivalente é ainda mais relevante por ser uma atualização da vacina original. Ela é composta de cepas da variante ômicron, causadora da maior parte dos casos de Covid atualmente.
Desde o início da pandemia, grávidas e puérperas são consideradas grupos de risco para a Covid.
“A infecção pelo Sars-CoV-2 [vírus que causa a Covid] em gestantes está associada a aumentos substanciais na morbidade e mortalidade materna quando comparadas à Covid-19 em mulheres não grávidas”, diz o Ministério da Saúde.
Além de ocasionar mais riscos de morte e complicações graves nas grávidas, a infecção resulta em efeitos negativos nos bebês.
Uma pesquisa publicada no início deste ano observou que a necessidade de internar um recém-nascido em uma UTI neonatal foi quase duas vezes maior entre os filhos de gestantes com testes positivos para Covid. O nascimento de bebês prematuros também foi outro desfecho mais comum entre aquelas com Covid comparada às grávidas sem a doença.
Por isso, é importante que as gestantes e puérperas tomem a vacina bivalente e mantenham o calendário atualizado.
NÃO ESTOU GRÁVIDA NEM SOU PUÉRPERA, POSSO ME VACINAR COM A BIVALENTE?
Por enquanto, só alguns grupos de pessoas que são mais vulneráveis a quadros graves de Covid podem a tomar a dose bivalente.
Segundo o modelo indicado pelo Ministério da Saúde, o imunizante já deve ser aplicado em idosos com mais de 60 anos, pessoas e trabalhadores que vivem em instituições de longa permanência, imunossuprimidos, como aqueles que vivem com HIV ou estão em tratamento para câncer, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Nesta segunda (20), grávidas e puérperas entram nessa lista.
A pasta indica ainda que o imunizante comece a ser aplicado, a partir de 17 de abril, em trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência, população privada de liberdade, menores em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional.
Também é necessário que a pessoa tenha tomado a última dose há no mínimo quatro meses, seja maior de 12 anos e tenha cumprido o esquema primário. O início da aplicação também pode mudar a depender do município.
Caso alguém não faça parte desses grupos, a vacinação continua com o modelo monovalente, que ainda é muito eficaz para evitar quadros graves.
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