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Ator paraense está no elenco das séries “Dom” e “Cidade Invisível”

Adriano Barroso está no elenco de “Dom”, com estreia hoje, e de “Cidade Invisível”, que chega dia 22. Foto: Divulgação
Adriano Barroso está no elenco de “Dom”, com estreia hoje, e de “Cidade Invisível”, que chega dia 22. Foto: Divulgação

Aline Rodrigues

Nesta sexta-feira, estreia a segunda temporada de “Dom”, no Prime Video. Criada por Breno Silveira (de 2 Filhos de Francisco), a série brasileira original da Amazon é inspirada em uma história real e acompanha Pedro Dom, vivido por Gabriel Leone, e seu pai, Victor Dantas, interpretado por Flávio Tolezani.

Na trama, após ter contato com as drogas na adolescência, o filho de um policial se torna líder de uma facção criminosa no Rio de Janeiro e se torna o criminoso mais procurado pela polícia carioca. O trailer da nova temporada, divulgado recentemente, mostra os personagens principais em uma verdadeira guerra. Os novos episódios trazem Dom voltando ao passado e novos segredos surgindo.

Outra produção brasileira que tem estreia este mês é “Cidade Invisível”, da Netflix. A nova temporada da série de suspense e fantasia volta com novos episódios no dia 22, após um hiato de dois anos. O teaser divulgado mostra novas paisagens e personagens na saga, ambientada na Amazônia e com cenas gravadas em Belém.

As duas séries são esperadas com ansiedade pelos fãs, pois fizeram bastante sucesso nas temporadas anteriores. E quem também está nessa expectativa é o ator paraense Adriano Barroso, que integra o elenco das duas produções. Na trama do Prime Video, ele faz Ezequiel, um dos líderes do tráfico de drogas na região.

“Desta vez, a trama vai tratar de assuntos delicados da Amazônia. São a extração de madeira, o tráfico de drogas e conflitos com indígenas. Enquanto o personagem Dom está preso, o pai está em missão por essas bandas. É uma temporada ainda com mais ação, romance e reviravoltas”, antecipa Adriano.

Já na série da Netflix, o artista está no núcleo do mito do lobisomem: como na lenda, Barroso é pai de sete filhos – seis mulheres e um homem, que é exatamente o que nasce com o fardo do lobisomem. “Como eu não aceito sua condição, a família entra em crise, o que abre espaço para outros seres míticos sequestrarem o garoto e a história entra em outras questões nevrálgicas e atuais na Amazônia, mas não posso dar o spoiler”, diz o ator, confessando estar bastante ansioso por terem sido séries que fizeram muito sucesso em suas primeiras temporadas.

“A série ‘Dom’ é a que tenho mais carinho, por diversos motivos pessoais. Um é que pude reencontrar grandes amigos que o cinema me deu, passamos quase um mês gravando em uma ilha no Amazonas, morando em um barco e convivendo diariamente com grandes amigos, entre eles o saudoso Breno Silveira. Este é o último trabalho do Breno na direção e por isso ganha uma outra aura”, conta Barroso, lembrando o diretor, que morreu em maio do ano passado, após um infarto fulminante.

Adriano Barroso está na carreira artística há 35 anos, atuando também como dramaturgo, escritor, roteirista, diretor e preparador de elenco. No teatro, já atuou em mais de 40 peças, e no cinema já participou de quinze curtas-metragens, com destaque para “Matinta” (de Fernando Segtowick), vencedor de diversos prêmios no Brasil, e onze longas, entre eles

“Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios”, de Beto Brant e Renato Ciasca. O ator também fez “Órfãos do Eldorado”, de Guilherme Coelho (disponível na Netflix), e “Teoria do ímpeto”, de Marcelo Faria e Rafael Moura, onde venceu prêmio de melhor ator em diversos festivais nacionais e internacionais, como o Cinepe 2019 e o Festival de Nice, na França. Na Netflix, a atuação de Adriano Barroso também pode ser vista nos filmes “Dentes” e “Pacto de Sangue”.

O artista também já fez participações em novelas da Globo, como “Cheia de charme” e “Força do querer”. Como roteirista, tem 14 roteiros filmados, entre curtas, ficção e animação, documentários e série de TV (infantil e adulto). Documentarista, Barroso tem três documentários filmados (Ópera Cabocla, Chupa-chupa, e Paradoxos, Paixões e Terra Firme) que lhe renderam alguns prêmios nacionais.

Adriano Barroso, assim com a maioria dos artistas, está voltando ao set depois do período mais crítico da pandemia e celebra esse momento.

“Nosso sentimento é como se tivéssemos acordado de uma noite de pesadelos. Não só a pandemia nos atingiu, mas também um governo de quatro anos, que odiava arte e os artistas, nos impediu de trabalhar. Eles não só não deixaram a gente trabalhar, como atrapalharam, atrasando em vinte anos o mercado audiovisual do Brasil. Foi difícil passar por isso, ainda nem conseguimos refletir direito o que nos aconteceu. Só com o tempo poderemos contar essa história. Nosso atual sentimento é de alívio”, pontua Adriano, que também figura em alguns longas ainda inéditos no Brasil.