Grande Belém

Pesquisa aponta alta nos preços do pescado em Belém

A programação acontece nesta quarta-feira e quinta-feira (27 e 28/03) em mais de 50 municípios do Estado, entre os quais, a capital paraense que estará com quatro pontos de venda. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
A programação acontece nesta quarta-feira e quinta-feira (27 e 28/03) em mais de 50 municípios do Estado, entre os quais, a capital paraense que estará com quatro pontos de venda. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), identificou a segunda alta do ano no valor do peixe comercializado nos mercados municipais de Belém. A pesquisa apresentada nesta quarta-feira, 15, focou nas 38 espécies de pescado mais consumidas pelos paraenses.

Conforme o estudo da Secon e Dieese, realizado no mês de fevereiro, os aumentos mais expressivos foram nos preços da Pescada Gó, com alta de 16,95%, seguida do Tamuatá 14,89%; Curimatã 10,48%; Cachorro de Padre 8,31%; Pirapema 7,66%; Piramutaba 6,56%; Filhote 6,51%; Peixe-Pedra 6,51%; Aracu 5,84%; Tainha 5,77%; Pratiqueira 4,38%; Xaréu 3,63% e o Tambaqui com alta de 3,49%.

Poucas espécies apresentaram queda de preços, com destaque para a Sarda com recuo de 13,23%, seguida do Peixe-Serra com queda de 10,72%; Camurim 3,92%; Surubim 3,74%; Uritinga 3,16%; Bagre 3,04% e o Tucunaré com queda de 2,80%.

Já na trajetória dos últimos doses meses, ou seja, de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023, também foi identificado que o preço da maioria dos pescados continua caro e com reajustes que superam a inflação, estimada em torno de 6% para o mesmo período.

Para o supervisor técnico do Dieese no Pará, Everson Costa, “os reajustes no preço do pescado já eram esperados em virtude dos problemas conjunturais que envolvem questões como comercialização, defeso, mudanças de marés e aumentos dos custos pela busca do produto, não só na capital, mas também em todo o Pará”.

Saída restrita e Feira do Pescado

Com a proximidade da Semana Santa, época de maior consumo de pescado pelos belenenses, Secon e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) estão coordenando ações conjuntas com os diversos órgãos municipais e estaduais para controlar a saída do pescado. “A meta é garantir o abastecimento e a diminuição da especulação de preço nesse período”, destacou o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.

Entre as ações definidas pela Prefeitura de Belém e Governo do Estado estão a fiscalização na Pedra do Peixe do complexo do Ver-o-Peso – maior entreposto de comercialização de pescado na capital, e mais uma edição da Feira do Pescado, que este ano será nos dias 05 e 06 de abril, das 8h às 14h, na Aldeia Cabana, Centur e em outro ponto na Av. Augusto Montenegro, que está em negociação.

Na Feira do Pescado haverá a comercialização de diversas espécies de peixe, camarão e marisco. Os preços serão fixos e tabelados, conforme os valores estipulados entre os fornecedores cadastrados e a Sedap. Além da comercialização in loco, também terá entrega em domicílio, facilitando a acessibilidade dos consumidores.

Fonte: Agência Belém