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Cantoras paraenses assumem roda de samba de Arthur Espíndola

O Pagode das Meninas está entre as atrações da roda FOTO: DIVULGAÇÃO
O Pagode das Meninas está entre as atrações da roda FOTO: DIVULGAÇÃO

TEXTO: Da Redação

A tradicional Roda de Samba de Arthur Espíndola, que ocorre todos os sábados, será comandada pelas mulheres neste sábado, 11, a partir das 14h, na cervejaria Cabôca. As convidadas especiais mostram ao público que levam na alma o samba paraense, com todas as suas influências afro amazônicas, em celebração às lutas e conquistas que são lembradas neste mês dedicado às lutas das mulheres em todo o mundo.

Quem abre os trabalhos é a cantora Maria, a voz do projeto Fervô, seguida de Karen Tavares, cantora com mais de 15 anos de carreira e um trabalho autoral que traz o samba, mas também a música de terreiro e os batuques amazônicos. Ela diz que este sábado será marcado pela representatividade feminina.

“E eu, além de estar na programação com diversas cantoras maravilhosas, vou ser acompanhada pela Carla Cabral no cavaquinho, que é também minha diretora de arte e compositora de muitos sambas que eu interpreto. Então teremos a força feminina presente, nessa semana de reflexão sobre a garantia dos direitos e do espaço das mulheres na sociedade, vai ser lindo!”, garante Karen.

Pagode das Meninas traz sucessos de várias épocas

A noite chega com o Pagode das Meninas, grupo formado por cinco musicistas paraenses, Patrícia França (voz e reco reco), Débora Costa (rebolo), Amanda Soares (surdo) e Juliana Franco (voz e violão), que se diz animada para esse grande encontro de vozes na roda de samba, “ao lado de várias mulheres incríveis e cheias de musicalidade”.

Juliana também adianta que o repertório vai passear pelas diversas épocas que marcaram o gênero. “Clássicos de Zeca Pagodinho, Alcione, Beth Carvalho, vamos passear também pelo pagode nos anos 1990 até os tempos atuais. Será um show bem alegre, do jeito que a gente gosta”, detalha.

Uma das intérpretes mais populares de samba de Belém, Mariza Black faz show neste sábado. FOTO: DIVULGAÇÃO

Mariza Black vai de Dona Ivone Lara a Clara Nunes

Em seguida tem show potente de Mariza Black, uma das mais populares entre as intérpretes do samba paraense. Com 19 anos de carreira, ela é dona de uma voz e uma presença marcante no samba paraense e conta que pretende fazer um grande show. “Vai ser uma roda, claro, enaltecendo e valorizando o repertório feminino, com nossas grandes referências, como Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra e Clara Nunes”.

Presença frequente em bares e casas de show de Belém, a cantora também é uma das raras mulheres puxadoras de samba enredo, com atuação em escolas de samba como a Caprichosos da Cidade Nova (Ananindeua), a Piratas da Batucada (Belém), as Crias do Curro Velho (Belém) e do Bloco Unidos da Pedreira (Belém). Atualmente, ela ainda coordena o Encontro Nacional das Mulheres na Roda de Samba no Estado do Pará.

“O cenário feminino do samba na nossa cidade está aquecido e ainda surgiu o coletivo Tem Mulher na Roda de Samba, fortalecendo também esse movimento. As mulheres não deixam nada a desejar, pelo contrário, a festa [neste sábado] vai ser linda, com muito samba, muito amor, todo o olhar que a mulher tem dentro da música. Estou muito feliz de ser uma das atrações”, comenta Mariza.

E tem mais. A partir da meia noite, a roda traz, pela primeira vez, a artista Sandrinha, natural de Capitão Poço, onde começou sua carreira como cantora aos onze anos de idade, participando dos festivais de calouros de seu município e de municípios vizinhos, como São Miguel do Guamá e Ourém. Depois de cantar em várias bandas, em 2021, Sandrinha lançou sua carreira solo e desde então vem participando de eventos e casas de shows da capital, cativando um novo público.

NO SAPATINHO

Roda de Samba Delas

Quando: Hoje, das 14h às 02h

Onde: Cervejaria Cabôca (Boulevard Castilho França, em frente a Estação das Docas)

Quanto: R$10 (couvert)