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Morte de mulheres por hipertensão dispara no Brasil

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Morte de mulheres por hipertensão dispara no Brasil

Mônica Bergamo
FOLHAPRESS

O número de mortes de mulheres por hipertensão arterial no Brasil deu um salto entre 2019 e 2021, de acordo com um relatório feito pelo Observatório da Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), que é vinculado ao Ministério da Saúde.
Houve um aumento de 41% nos óbitos por hipertensão entre 2019 e 2021 – os números foram de 14.178 para 20.027 por ano. Em 2020 e 2021, a doença foi a quinta causa de morte mais frequente entre a população feminina, superando o câncer de mama e o acidente vascular cerebral.
Segundo o relatório, a morte por hipertensão é mais frequente entre as mulheres do que entre os homens. Como a incidência e a mortalidade da doença está associada à idade, os números, até então, apresentavam um aumento gradual. Houve, entretanto, uma aceleração significativa dessa mortalidade nos últimos dois anos analisados pelo relatório.
O médico Bernardo Rangel Tura, pesquisador do Observatório de Saúde Cardiovascular, avalia que esse aumento pode estar associado à diminuição no acesso ao tratamento da doença no período da pandemia.
Os tratamentos ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), segundo ele, são eficazes em conter a mortalidade por hipertensão.
“O motivo provável é a dificuldade de acesso aos profissionais de saúde, bem como a dificuldade de acesso ao tratamento. Com a questão da epidemia e a modificação na priorização dos gastos, tivemos dificuldade de acesso aos medicamentos”, esclarece.
O relatório também mostra o impacto da Covid-19 nas estatísticas de mortalidade. Em 2020 e 2021, o coronavírus foi a maior causa de morte entre as brasileiras, superando o infarto agudo do miocárdio e a pneumonia, que lideraram o ranking nos anos anteriores, seguidas pelo câncer de mama, acidente vascular cerebral e causas mal definidas.
Em 2020 e 2021, o câncer de mama e o acidente vascular cerebral nem sequer estiveram entre as cinco causas de morte mais frequentes. Depois da Covid, vieram, nesta ordem, mortes por infarto agudo do miocárdio, causas mal definidas, pneumonia e hipertensão.