A professora do Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Castanhal Tatiana Pará Monteiro de Freitas é uma das lideranças em ascensão selecionada pelo Geospatial Word 50 Rising Star. Ela é a única brasileira em uma publicação composta por 50 jovens lideranças de 30 países. A premiação está prevista para ocorrer durante o Fórum Geospatial World no período de 2 a 5 de maio de 2023, em Roterdã, Holanda.
Os nomes foram indicados no ano passado. A lista dos premiados e seus perfis foram divulgados em 24 de fevereiro deste ano. Os 50 jovens líderes são oriundos dos seguintes paises: 2 Polônia, 2 Nigéria, USA, Ucrânia, Paquistão, 6 Índia, 4 Reino Unido, Canadá, Luxemburgo, Cazaquistão, 4EUA, Holanda, 2 Chile, Gana, Bélgica, Ghana, 3 Austrália, 3 Alemanhã, Egito, Mauritius, Nova Zelândia, República da Coreia, Quênia, Malawi, Burkina Faso, Itália, 2 Canadá, Brasil, Fiji, Emirados Árabes Unidos, Cingapura.
A Geospatial Word 50 Rising Star é uma premiação iniciada em 2021 pelo site Mundo Geoespacial Avançando no Conhecimento para a Sustentabilidade (Geospatial World Advancing Knowledge for Sustainability) em Nova Déli (Índia).
Destaca as lideranças mundiais, com até 39 anos de idade, que atuam com a diversidade, igualdade e inclusão na área Geoespacial, com uso de tecnologia para fazer a diferença na sociedade onde atuam, o meio ambiente e a economia. Os pesquisadores são escolhidos por um time de jurados que os selecionaram entre as personalidades da comunidade global por se destacarem pela qualidade e liderança de suas ações sociais.
Tatiana Pará é fundadora do projeto Meninas da Geotecnologia que objetiva empoderar meninas e mulheres por meio do uso de tecnologia no manejo florestal no estado do Pará na Amazônia nos anos de 2021 e 2022.
Conselheira do time Enactus IFPA vem promovendo o empreendedorismo social em Castanhal e região. Busca detectar os focos de queimadas e desmatamento na Amazônia, para orientar os estudantes sobre as questões de sustentabilidade. Desenvolve ações de pesquisa e extensão nos temas interdisciplinares de modo a conectar as geotecnologias, o empreendedorismo e a inovação na Amazônia.
Realiza treinamento para uso do Sistema de Informação Geográfica (SIG) de Código Aberto licenciado segundo a Licença Pública Geral GNU, o QGIS, há mais de 10 anos. É membro fundadora (2022) da The Open Source Geospatial Foundation (OSGEO). Coordena um capítulo do YouthMappres – Meninas da Geo, o primeiro na Amazônia Brasileira. Ela esclarece que o prêmio é resultante da indicação feita pelo grupo Ladies of Landsat, através da fundadora Flávia Mendes do Programa Planet Labs.
Sobre a premiação, a pesquisadora avalia positivamente e como forma de reconhecimento de sua dedicação.
“Estou profundamente honrada por terem percebido a importância do meu trabalho e da minha luta. Essa é a melhor resposta pelo meu trabalho no Meninas da Geo. Esse prêmio é fruto de um trabalho sério, honesto e inovador. Esse prêmio é o maior indicador do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS5) que o IFPA pode ter no momento”, expressa Tatiana Pará.
Quem é e o que faz Tatiana Pará?
Tatiana Pará Monteiro de Freitas é paraense, amazônida, mãe da Maria e do Bem, é agrônoma, especialista em geotecnologias, mestre em Desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agroalimentares. É professora efetiva. Já coordenou o Polo de Inovação do IFPA campus Castanhal atuante na implantação e aperfeiçoamento da cadeia produtiva do Polo Nordeste Paraense da Rota do Açaí.
Fundadora do grupo Meninas da Geo e Conselheira do Time Enactus IFPA Castanhal. Agente de Inovação do IFPA. Coordena o Projeto de Extensão “Integração produtiva e tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável e empreendedorismo feminino no estado do Pará – Projeto Meninas da Geotecnologia” conhecido como “Empodera GEO”.
Ela trabalha com pesquisas e projetos de extensão com tecnologias sociais −conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população de modo que ela possa se apropriar desses conhecimentos e os transformem em soluções e melhorias das condições de vida−. Atua também com geoprocessamento, um conjunto de conceitos, métodos e técnicas para a geração de dados, análise e sínteses que consideram as propriedades intrínsecas e geotológicas dos eventos e entidades identificados, criando informações relevantes para apoio à decisão quanto aos recursos ambientais e saneamento.
Coordena o Projeto Meninas da Geotecnologia, o Empodera Geo e o curso de Mapeamento da Amazônia com Drones que apresentou a meninas e mulheres variados tipos de drones existentes no mercado e suas finalidades, realizou atividades para o desenvolvimento de habilidades para pilotá-los, capacitou as operadoras a ingressarem no mercado das geotecnologias em âmbito profissional para filmagens, fiscalização e/ou mapeamento.
Desenvolveu parceria com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e realiza oficinas com o intuito de capacitar mulheres no empreendedorismo e tecnologia envolvendo estudantes de Ananindeua, Castanhal, Capanema.
Fonte: IFPA