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Gerson Nogueira analisa vitória azulina: "Com o ímpeto da juventude"

Remo entrou com time alternativo e jovem para chegar à vitória. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Remo entrou com time alternativo e jovem para chegar à vitória. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Com o ímpeto da juventude

O Remo utilizou sete jogadores da base no clássico de ontem diante da Tuna, no Souza. Um acontecimento raro nos últimos anos. Grande parte da torcida que saiu cedo de casa para ir ao futebol provavelmente nunca tinha visto um time azulino tão repleto de jovens.

O lateral esquerdo Ely e o atacante Kanu entraram de cara. Com as substituições, no 2º tempo, por necessidade ou opção tática, o técnico Marcelo Cabo lançou mais cinco garotos para injetar ânimo novo no time.

Muito além de uma homenagem à atual geração sub-20 do clube, o técnico lançou mão das alternativas disponíveis para vencer um jogo importante do campeonato, diante da necessidade de poupar os titulares para o jogo decisivo de quarta-feira contra o S. Luís, pela Copa do Brasil.

Foi a qualidade técnica dos meninos que permitiu a Cabo abraçar a estratégia de risco. Além dos sete já citados, o Remo teve em campo dois outros atletas revelados na base, Rony e Pingo.

A Tuna começou melhor, perdeu boa oportunidade com Balotelli aos 10 minutos. Dentro da pequena área, ele se atrapalhou diante do goleiro Zé Carlos e não conseguiu finalizar. Cinco minutos depois, porém, Welthon abriu o placar, aproveitando erro duplo do zagueiro Wendel Lomar.

Confuso nas tentativas de transição, com Pingo e Paulinho Curuá muito distanciados, o Remo custou a entrar de verdade no jogo. Só aos 18 minutos, surgiu a primeira boa trama.

Aos 33’, com o Remo bem melhor na partida, Rony lançou Soares dentro da área e este disparou em cima do goleiro Régis. Em seguida, Kanu ajeitou a bola para Pingo, mas o chute saiu descalibrado.

O empate se desenhava e veio aos 40’, após lançamento de Soares para Kanu. O goleiro Régis saiu do gol para tentar afastar a bola, mas o atacante foi mais rápido e desviou para as redes tunantes. Um gol muito comemorado. Foi o primeiro de Kanu pelo time profissional do Remo.

Empolgado, o Remo seguiu no ataque. Ely avançou pela esquerda, fintou a marcação e chutou rasteiro. Régis defendeu bem. Aos 50’, quase a virada: Soares cobrou uma falta em jogada ensaiada e acertou a trave da Tuna.

Veio a segunda etapa e o que havia se esboçado na parte final do primeiro tempo acabou se concretizando. Logo aos 4 minutos, Jean Silva entrou na área pela esquerda, fintou um zagueiro e passou para Soares. O meia protegeu a bola e chutou de esquerda para colocar o Remo em vantagem.

Aos 10’, um ataque rápido da Tuna deixou Balotelli em condições de empatar, mas ele escorregou na área e Zé Carlos impediu o chute. A partir daí, o Remo botou a bola no chão e procurou explorar a ansiedade tunante.

Marcelo Cabo começou então as mexidas no time, prestigiando a geração jovem do clube. Henrique, Renan Tiago, Ricardinho, Guty e Jonilson substituíram Rodriguinho, Kanu, Soares, Jean Silva e Diego Ivo.

O Remo seguia melhor e desperdiçou chances com Ricardinho e Lomar. Guty ainda fez o terceiro gol, mas a arbitragem marcou impedimento. O jogo terminou e, ainda em campo, o técnico Josué Teixeira informou que estava deixando o comando técnico da Lusa.

 

Arbitragem quase complica um jogo fácil de comandar

Andrei da Silva e Silva é um dos melhores árbitros do quadro da FPF e hoje é também um dos mais experientes em meio a uma equipe bastante renovada. Pois nem essa bagagem impediu que tivesse atuação confusa, ontem, no Souza, em jogo que não oferecia nenhum grau maior de dificuldade. Os erros não influíram no resultado, mas também não contribuíram para deixar a partida melhor.

O árbitro distribuiu cartões amarelos sem critério, ignorando pisões, puxões de camisa e carrinhos. Adotou a perigosa mania que alguns árbitros têm de apitar no estilo da Libertadores, preferindo não marcar faltas para não quebrar o ritmo da partida.

Nos acréscimos, não puniu a atitude antidesportiva de Gabriel, da Tuna, que fez “carícias” no remista Pingo, que estava no chão. Em meio ao empurra-empurra, Andrei tentava dialogar. No fim, o único a receber amarelo foi o goleiro Zé Carlos. Gabriel, pivô da confusão, sequer foi advertido.

Cobra-se muito dos jovens árbitros lançados nesta temporada, mas é preciso que os juízes experientes mostrem mais qualidade.

 

Sem seis titulares, Papão não resiste ao vibrante Caeté

Era uma parada indigesta, todo mundo sabia. Com várias baixas, o PSC, saindo pela primeira vez da zona de conforto que é jogar na Curuzu, encarou o Caeté no sábado à tarde, em Ipixuna. O jogo começou em ritmo veloz, mas prejudicado pelo excesso de erros de passe. O time bragantino atacava o tempo todo, explorando bastante Pedrinho sobre o lado direito da defesa do Papão, mal guarnecido por Igor Bosel.

Foi em cima da avenida Bosel que o Caeté chegou ao primeiro gol. Werley Capanema driblou o lateral direito e cruzou rasteiro. Leandro Cearense, bem posicionado no segundo pau, só tocou para o gol.

No 2º tempo, Márcio Fernandes tentou colocar o Papão no ataque para buscar o empate. Depois de insistir com bolas na área, o Papão finalmente chegou lá. Ricardinho cruzou e Henriquez Bocanegra apareceu no meio da zaga para desviar para as redes, aos 37’.

Enquanto tentava adiantar a marcação para buscar a virada, o PSC acabou cometendo um erro fatal. Ao sair jogando, o volante Jimenez perdeu a boa para Leandro Cearense, que fez passe perfeito para PC Timborana fuzilar a meta de Tiago Coelho, recolocando o Caeté em vantagem.

Aos 45’, quase saiu o terceiro do Caeté. Guly mandou a bola na área e acertou o travessão. O Papão tentou aproveitar os 10 minutos de acréscimo, mas só teve uma oportunidade clara: Paulo Henrique cruzou e Vicente desviou com perigo. E ficou nisso. Estava quebrada a invencibilidade bicolor no Parazão.