Pará

Pará tem 53 municípios sem serviços médicos privados que dependem do SUS

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informa que na próxima terça-feira, 19, os profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde receberão o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem, referente ao mês de outubro. 
A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informa que na próxima terça-feira, 19, os profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde receberão o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem, referente ao mês de outubro.  Foto: Divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS) está presente em todos os 5.570 municípios do País e mais de um terço deles não contam com atendimentos médicos privados. Segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), 1.915 municípios, ou seja, 34%, não oferecem serviços particulares de saúde. Isso significa que aproximadamente 15,7 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS nessas localidades.

Para o secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, os números reforçam a importância da valorização do SUS. “Quando falamos em acesso, não abordamos apenas a questão econômica, mas a geográfica também. Oferecer saúde de qualidade para toda a população buscando combater as iniquidades é obrigação do SUS. É ele que chega onde a iniciativa privada nem sempre tem interesse”, explica.

Entre os municípios que não contam com oferta de clínicas médicas privadas, o menor tem 839 habitantes e o maior, 70.692. Cerca de 92% deles, ou seja, 1.771 municípios têm menos de 20 mil habitantes.

O estado que mais concentra municípios nessa situação é Minas Gerais, com 226, seguido por São Paulo, com 181, Piauí com 154, Rio Grande do Sul com 153 e Maranhão com 130. No Pará, 53 cidades estão neste perfil. Apenas o Distrito Federal não entra na lista.

No entanto, ao separar os dados pela quantidade de habitantes desses municípios, a região Nordeste é a que mais depende dos serviços do SUS: 8,9 milhões de pessoas vivem em municípios sem nenhuma oferta médica nos serviços privados. No outro extremo está o Centro-Oeste, com pouco mais de 796 mil habitantes vivendo em cidades que contam apenas com o SUS para os atendimentos de saúde.

Fonte: Ministério da Saúde