Pryscila Soares
Todos os dias novas ideias podem surgir a partir da criatividade de pessoas comuns. Essas invenções podem deixar de ser um rabisco no papel para efetivamente virarem um negócio. Os chamados negócios autorais estão por toda parte, vão desde o desenho e a fabricação de uma peça de roupa, ao ramo de alimentos, até a criação de objetos, por exemplo. Mas para transformar um produto ou serviço autoral em um negócio se faz necessário buscar conhecimento e planejamento.
Para quem nutre esse desejo e não sabe por onde começar, o primeiro passo é obter o máximo de informações possíveis sobre todas as etapas do planejamento de um negócio. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) presta consultoria para que esse empreendedor consiga desenhar e visualizar cada etapa desse processo, que culminará com a oferta de um produto ou serviço no mercado.
Além disso, o Sebrae disponibiliza cursos de capacitação sobre empreendedorismo e dos mais variados ramos de atuação. São cursos tanto presenciais quanto on-line. Contudo, para quem está começando, o mais indicado é procurar a entidade presencialmente, conforme explicou a gerente adjunta da Agência Metropolitana do Sebrae no Pará, Edna Santos.
No Sebrae, o futuro empreendedor vai inicialmente utilizar o Canvas, uma ferramenta de planejamento estratégico, que permite um esboço do modelo de negócio. Com ela, esse empreendedor entenderá em qual ramo aquele negócio está inserido, todos os insumos que precisará para dar o start no seu empreendimento, o valor de investimento, entre outros itens.
“Se a pessoa realmente for iniciar, nem pedimos para ela passar para o plano de negócios. Aconselhamos ela a fazer o Canvas, que é modelo de uma ideia, o primeiro passo para a construção do plano de negócios, que é uma ideia mais ampla. O ser humano é muito visual. Então, é mais fácil quando você está com as coisas no papel para saber o caminho que irá tomar. Isso não vai impossibilitar de errar, mas de errar menos”, disse Edna, ao explicar que no Canvas o empreendedor vai estabelecer, por exemplo, o seu público-alvo, o valor que será aplicado e como será aplicado, quem podem ser os fornecedores e parceiros.
PARCERIAS
“Temos parcerias com instituições financeiras, que têm tanto crédito disponibilizado para quem é formalizado e para quem ainda não é. E podemos fazer esse link. Nessa hora de construção das ideias pode ser avaliada uma outra ideia, mais simples, que possibilite menos gastos nessa construção física”, explicou a gerente.
Depois de se formalizar e construir o seu negócio, com a identidade visual, esse empreendedor pode, então, começar a pensar em investir no registro da marca do seu negócio. Mas existe um momento certo para isso.
“Se realmente você está iniciando, e tem pouco recurso para isso, ainda não faça o registro da marca. Torne-se conhecido, faça um planejamento para isso. Hoje, um escritório de advocacia, por exemplo, cobra entre R$ 3 mil a R$ 4 mil para começar o processo do registro da sua marca. Aqui no Sebrae, para o MEI, ainda está R$ 150, porque a gente subsidia 90%. Só podemos fazer isso para o nosso público-alvo. Precisa estar formalizado”, ressaltou Edna.