Bola

Bocanegra tem estreia aprovada com louvor pelo Paysandu

Tylon Maués

Com alguns desfalques consideráveis, o técnico Márcio Fernandes busca a solução para alguns problemas. Na defesa, ele não terá a dupla titular da zaga contra o Caeté, adversário de sábado pelo Campeonato Paraense, em Ipixuna do Pará. Genilson quebrou o nariz, passou por uma cirurgia e deve voltar em dez dias, enquanto que Naylhor machucou o joelho direto na terça-feira. Além do jovem Iarley, que deve voltar a ser relacionado, o time terá à disposição Henriquez Bocanegra e Wanderson, que estrearam anteontem depois de recuperarem-se de contusões.

Uma das principais contratações do ano, Bocanegra se superou mesmo estando sem ritmo de jogo. O sentimento no dia seguinte à estreia foi de dever cumprido. “Muito feliz em me incorporar ao time. A expectativa era enorme em poder ajudar, acrescentar minha experiência. A estreia foi num jogo difícil e conseguimos ajudar para chegar à vitória”, confirmou o zagueiro, que reconheceu que não esperava ficar 90 minutos em campo, mas aconteceu pelas circunstâncias da noite.

“Não havia previsão de estar em campo durante os 90 minutos, pois só voltei aos treinos na semana passada. Mas, me cuidei muito, me dediquei demais aos treinos e isso ajuda para situações como a do jogo, com a lesão do Naylhor. O clube precisou de mim e estava pronto para me doar 100%. Nunca vai faltar raça e entrega da minha parte. Um ponto a mais a de ontem foi ter jogado com uma zaga toda nova, que nunca tinha jogado junto, e que se saiu bem”.

Bocanegra reconheceu as dificuldades do confronto e que, em noites assim, se aparecer uma chance ela tem que ser aproveitada, como o que aconteceu. De acordo com o defensor, as partidas em casa devem seguir roteiros sem semelhantes pela forma como os demais times se portam.

“Já percebemos a proposta dos adversários na Curuzu, mais recuados e com a transição direta. Por isso adiantamos um pouco as linhas, o que nos deixa um pouco mais expostos e que significa um desgaste maior para os zagueiros. Quem está aqui tem que se preparar para jogar em linha alta para sufocar o adversário, inclusive para aproveitar a pressão da torcida”.

O zagueiro chamou atenção, também, pela liderança em campo. Bocanegra gastou seu “portunhol” ao orientar os companheiros quanto ao posicionamento, ajudando na marcação e na saída de bola. “De trás a gente tem uma visão melhor de jogo e é uma obrigação falar, ajudar os companheiros a otimizar as nossas performances e diminuir o desgaste. O clima de Belém já desgasta bastante, então temos que aproveitar os espaços para estarmos sempre bem”.