Notícias

53% acreditam que o Brasil vai melhorar ainda neste ano

Os entrevistados listaram as opções dos brasileiros para usar eventuais sobras no orçamento. A compra de imóvel ficou em 38%   Foto: Ricardo Amanajás
Os entrevistados listaram as opções dos brasileiros para usar eventuais sobras no orçamento. A compra de imóvel ficou em 38% Foto: Ricardo Amanajás

Luiza Mello

O Brasil está otimista com a possibilidade de melhorias na vida das pessoas em 2023. É o que mostra a mais recente Pesquisa Febraban-Ipespe, que mostra que ampla maioria da população (73% dos entrevistados) acredita que a vida vai melhorar em seus aspectos pessoal e familiar, sendo que 53% dos entrevistados disseram acreditar que o Brasil vai melhorar este ano.

Essa perspectiva favorável é mais expressiva no Nordeste (78%), Norte (76%) e Sudeste (75%), caindo para 61% no Centro-Oeste e 60% no Sul. Somente 10% dos brasileiros acreditam numa piora, sendo que 21% moram nos três estados do Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O otimismo também é grande com relação ao futuro do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o levantamento contratado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A pesquisa realizada com 2.000 pessoas de todas as regiões do país aponta que o início do novo governo é visto como “ótimo ou bom” por 40% dos entrevistados. Pelo menos 49% dos brasileiros entrevistados acreditam que 2023 será ótimo ou bom.

O Nordeste é a região com o maior percentual de expectativa positiva para o futuro do governo Lula, com 57% de ótimo ou bom, seguidos do Norte e Sudeste (ambos com 50%) e do Centro-Oeste (40%). O Sul é a região com destaque para a projeção negativa: 40% acham que o Governo no restante de 2023 será ruim ou péssimo (contra 25% do total da amostra). Tal opinião negativa é de 35% no Centro-Oeste, 23% no Sudeste e no Norte, e de apenas 18% no Nordeste.

APROVAÇÃO

O governo do presidente Lula é aprovado por 51% dos brasileiros, enquanto 36% desaprovam a gestão petista, e 13% não souberam responder.

A pesquisa Radar Febraban também perguntou sobre as áreas do governo federal que devem ter maior atenção neste ano e a saúde foi a mais citada como primeira resposta (23%), seguida de emprego e renda (20%); educação (18%); fome e miséria (11%); inflação e custo de vida (10%); e corrupção (8%).

Embora esse ranking seja similar nas regiões, alguns percentuais se destacam: a população da região Norte registra o maior percentual de menções à educação (23%). Já no Nordeste registra o maior número de menções a emprego e renda (23%). No Sudeste, o maior número de respostas foi sobre fome/pobreza 12%); o Centro-Oeste fez referências à inflação e custo de vida (14%); e os três estados da região Sul citaram a corrupção (12%) como maior preocupação. Outras áreas obtiveram 5% ou menos das menções em todas as regiões.

Outro item levantado pelo Radar Febraban foi sobre o endividamento pessoal do brasileiro. Mais da metade dos entrevistados (53%) respondeu ter alguma dívida, sendo que 56% são mulheres; 59% na faixa de 25 a 44 anos; 58% entre os que possuem fundamental; e 57% entre os que têm renda de até 2 salários mínimos.

DÍVIDAS

A maioria (53%) dos que têm dívidas acredita que em 2023 estará menos endividada que em 2022, enquanto somente 15% responderam que estariam mais endividados esse ano do que no ano passado. A disposição para participar de algum programa de refinanciamento chega a 67%.

Sobre uma possível melhora da situação financeira, os entrevistados ouvidos pela pesquisa listaram as opções dos brasileiros para usar eventuais sobras no orçamento: compra de imóvel (38%), aplicação em outros investimentos bancários fora a poupança (20%), aplicação na poupança (19%), reforma da casa (19%), cursos e educação pessoal e da família (14%), viagens (11%), e compra de carro (10%).

O Ipespe entrevistou 2.000 pessoas em todo o país entre os dias 4 e 14 de fevereiro. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,5%.