Bola

EXCLUSIVO: Ricardinho quer jogar o Re-Pa na volta do Mangueirão

Tylon Maués

Não foi para o jogo deste sábado, contra o Castanhal, pelo Campeonato Paraense, que o meia Ricardinho voltou a ser relacionado para um compromisso do Paysandu. O jogador se machucou no amistoso contra a Tuna Luso, ainda na pré-temporada. A entorse no tornozelo direito não chegou a ser algo tão sério, mas é o tipo de situação que leva de quatro a cinco semanas de recuperação e é necessário dar tempo ao tempo. Na semana passada ele foi liberado para os treinos com bola com os companheiros.

Nesta terça-feira, o Papão volta a campo para enfrentar o Bragantino em jogo atrasado da primeira rodada do Parazão e há chances de ele ser relacionado, dependendo da condição física. Ele mesmo reconhece que está bem atrás dos demais jogadores do elenco e precisa de um tempo para ficar numa condição melhor, no entanto, é preciso estar em campo, por isso as chances grandes de voltar a ser relacionado o quanto antes.

Quando perguntado sobre as diferenças entre os times do ano passado e o atual, de que um jogava mais em velocidade e o de 2023 é mais cadenciado, trabalhando mais a bola, Ricardinho preferiu não equiparar um ao outro. O experiente meio-campista destacou que são grupos muito diferentes e o atual está ainda em início de preparação. Ele defende que se dê tempo ao tempo para que o Paysandu se torne, mais uma vez, um dos fortes candidatos ao acesso para a Série B do ano que vem, principalmente.

Em entrevista exclusiva ao Bola, Ricardinho fala de sua recuperação, do momento que vive o time bicolor e a expectativa de jogar um clássico Re-Pa em um Mangueirão lotado.

P – Mesmo sendo cedo, alguns torcedores têm apontado que o time atual é mais cadenciado em relação ao do ano passado, que procurava jogar mais em velocidade. Como você vê essa comparação?

R – Esse tipo de comparação não é positiva. O time do ano passado tinha suas características, seus atletas, sua maneira de jogar. Esse ano é outro grupo, com outras características e temos que achar nosso melhor jogo dentro dessa identidade que o time está buscando.

P – Um time que trabalha mais a bola está mais à feição ao seu estilo de jogo?

R – A minha característica é de organização, de posse de bola, de achar meus companheiros dentro de campo, mas um time é composto de várias características. Por jogadores mais rápidos, que marcam mais, que pensam, que organizam, enfim, um time é um completando outro e cabe à gente se encaixar e colocar nosso melhor para poder contribuir para a evolução da equipe.

P – A torcida celebrou sua permanência para esse ano, o crescimento de João Vieira, a volta de Fernando Gabriel e as primeiras atuações de Robert Hernández. O torcedor brasileiro ainda tem uma preferência pelo jogador de construção, o criador do meio de campo?

R – Fico feliz por isso, pelo torcedor ter celebrado minha permanência. Sou muito grato ao torcedor e falo isso desde que cheguei aqui, com muito carinho comigo e isso é bom para qualquer atleta. O torcedor gosta de ver o time jogando bem, indo para frente e com uma identificação ofensiva, que transmita toda essa entrega que o torcida quer e deseja.

P – O elenco é quase todo novo, mas a comissão técnica é a mesma. Isso pode fazer com que o time chegue a um estágio melhor em menos tempo do que aconteceu em 2022?

R – Estamos em um processo de evolução, de melhoria, de conhecimento, de poder realmente criar esse entrosamento, algo tão sonhado. Às vezes as coisas acontecem mais rápido, às vezes demora mais. É um processo que tentamos acelerar, pois são jogos atrás do outro e precisamos performar, estar em um nível bom. O time vem crescendo e tende a crescer ainda mais.

P – Daqui a 15 ou 20 dias deve haver o clássico Re-Pa, na reinauguração do Mangueirão. Você já conhece esse e outros clássicos nacionais, mas bate uma ansiedade em você e no elenco em geral em jogar esse derby num estádio bem maior, para mais de 50 mil pessoas?

R – Vai ser sensacional. Um clássico Re-Pa na reinauguração do Mangueirão em um jogo em que as duas torcidas poderão fazer suas festas. Há ainda alguns jogos antes disso e temos que aproveitar da melhor forma possível. Eu, particularmente, me recuperando de uma lesão e preciso ganhar ritmo de jogo para chegar da melhor maneira ao clássico. O Re-Pa para a cidade, o estado, e esperamos que nosso torcedor saia feliz do Mangueirão no dia do jogo.