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Carnaval em Salvador é um passeio pela história

Carnaval em Salvador é um passeio pela história

A coluna é fã do Carnaval de Salvador e neste domingo de folia não poderia deixar de abordar o turismo sob essa perspectiva. Entre os circuitos por onde passam os trios elétricos na capital soteropolitana, o mais tradicional é o Osmar (Campo Grande – Avenida), bem no centro histórico.

Esse circuito perdeu força ao longo dos últimos anos com a migração dos artistas de maior expressão como Bell Marques, Ivete Sangalo e Durval Lelys para o Barra – Ondina, na orla da cidade, criado por Daniela Mercury. Mas, para quem quer conhecer as origens do Carnaval de Salvador e como eram os desfiles de blocos até há cerca de 15 anos, é preciso reservar ao menos um dia para o centro histórico.

Da concentração dos trios elétricos, no Corredor da Vitória, passando pelo Largo do Campo Grande, Avenida Sete de Setembro e Avenida Carlos Gomes, o turista folião vai se deparar com vários pontos turísticos, ainda que nessa época não seja possível admirá-los em sua plenitude, já que tapumes e a multidão atrapalham a experiência.

Largo do Campo Grande

O Largo do Campo Grande, uma praça imensa e bonita, com vários monumentos, tem como vizinha Ivete Sangalo, que mora em um prédio bem na frente, o Morada dos Cardeais. Em um dos aniversários da musa, ela desceu para falar com os fãs e fez um pocket show na entrada do condomínio.

Teatro Castro Alves

Ao passar por esse trecho é possível conhecer, ainda que de fora, o Teatro Castro Alves, mais adiante a bela Casa d’Itália, na esquina da famosa Avenida Sete.

Casa D’Itália

Mais alguns metros pulando atrás do trio se chega ao Relógio de São Pedro, do artista italiano Pasquale de Chirico, finalizado em Paris no ano de 1914. Feito em bronze, ferro fundido e granito, o monumento é um ponto de referência dos soteropolitanos.

Relógio de São Pedro
Edifício Sulacap

A descida da Avenida Sete culmina com a curva no Edifício Sulacap, outro ponto conhecido, inclusive em frente foi locação da série da Globo, “O Canto da Sereia”. Do outro lado, se avista a Baía de Todos os Santos e a Praça Castro Alves, cantada em verso e prosa por nomes como Caetano Veloso. A estátua do poeta está lá até hoje. Ela é do povo como o céu é do avião… ou do condor. É nela que aconteciam os famosos encontros de trios elétricos, hoje quase inexistentes pela debandada dos artistas para a orla, mas ainda mantidos na programação oficial, bancados pelo poder público.

Praça Castro Alves

Hoje o circuito Osmar virou um reduto quase exclusivo dos baianos, pouco frequentado pelos turistas, mais interessados no conforto dos camarotes da Ondina. Não cometa esse equívoco, é preciso conhecer um pouco dessa história para entender que a folia soteropolitana tem todo um contexto histórico, tem magia, tem a essência do povo brasileiro. É muito mais do que o oba-oba mostrado na TV. É conhecer para entender! Feliz Carnaval!

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