A Polícia Civil do Pará concluiu a investigação preliminar de um caso de agressão e ameaça contra um adolescente de 12 anos, ocorrido em um clube social na capital, localizado na Avenida Augusto Montenegro, em Belém. Segundo a denúncia, os fatos teriam ocorrido no dia 24 de junho, durante uma partida de futebol infantil em uma quadra de futebol society.
De acordo com os autos do inquérito aos quais o DIÁRIO teve acesso, faltas cometidas em campo entre jogadores de times opostos teriam motivado o comportamento do pai de um dos atletas, que é apontado como suspeito de agredir o menor.
Segundo relatos de testemunhas contidas no inquérito, o homem teria invadido a área de convivência dos atletas após o jogo e agredido fisicamente o adolescente, puxando-o pelo pescoço e desferindo tapas nas costas e no rosto. Ainda segundo a denúncia, o suspeito teria dito ao próprio filho: “é assim que se faz”, incitando a conduta violenta.
As ações teriam sido registradas por câmeras de monitoramento do clube, cujas imagens foram solicitadas pelo Ministério Público e passaram por perícia, sendo anexadas ao processo como prova.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente e conduziu as partes à delegacia. Segundo a mãe do menor agredido, o adolescente ficou emocionalmente abalado, apresentando medo e ansiedade após o ocorrido. O menor passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que constatou lesões compatíveis com agressões físicas.
Com base nas provas reunidas, o suspeito foi indiciado pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada no Atendimento a Criança e ao Adolescente-DEACA/Ananindeua, pelos crimes de lesão corporal majorada pela idade da vítima e ameaça, conforme o Código Penal Brasileiro.
Além disso, foi instaurado um procedimento judicial com pedido de medidas protetivas de urgência, fundamentado na Lei nº 14.344/2022 (Lei Henry Borel), que protege crianças e adolescentes vítimas de violência. As medidas determinam o afastamento do suspeito e a proibição de qualquer contato com a vítima e familiares, já que ambos residem no mesmo condomínio na rodovia Augusto Montenegro.
O processo tramita sob segredo de justiça na 3ª Vara Criminal Distrital de Icoaraci, e as autoridades informaram que as investigações continuam em andamento, visando o total esclarecimento dos fatos.
Editado por Clayton Matos