A prosa começa com o pedido de Sandra para Adriana falar da família e ela já afirma que traz a musicalidade no sangue. Conta que todos estudaram música, mas foi a mãe quem seguiu carreira – é professora de piano. O irmão também é pianista; aliás, um grande pianista: Humberto Azulay. Ri, ao lembrar que Dona Hilda cobrava com rigidez os estudos de música, mas nem tanto os da escola fundamental. Imortal da Academia Paraense de Música, com mestrado e doutorado, a Professora Adriana realiza recitais pelo mundo e, ainda, acompanha artistas eruditos e populares. Contou, com brilhos nos olhos, como ela transcende a cada espetáculo. Sente e, assim, consegue por “capacidade e obrigação levar o público a uma outra esfera”. E complementa: “O feedback do público é fundamental e gratificante”. É quando se consegue saber que cumprimos nossa missão de “levar música e levar uma mensagem através da música”. “Ser professora pra mim é um ofício muito importante e digo aos alunos que precisa se doar”. Adriana afirma que “música é composta de todas as linguagens”, incentiva o fazer musical e explica sobre “música de câmara”, sobre as escolas de música que existem em Belém e também, fala dos musicais.
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