O Plurarte desta semana tem a honra de receber o artista plástico Ronaldo Guedes, natural de Soure, na Ilha do Marajó. Ele começa o bate-papo contando que sua missão de vida é ativar a memória dos povos originários através dos fazeres da cerâmica. Esses saberes ancestrais datam de mais de 3.400 anos de idade, passados de geração em geração e descobertos, também, por meio de pesquisas antropológicas. Ronaldo diz que dá um toque contemporâneo nas peças que produz e, assim, conecta-se, não só com as origens, mas também consigo mesmo. Isso resulta em um objeto com vida, energia e carregado de história. O ceramista trabalha no Ateliê Arte Mangue Marajó há mais de 20 anos e também desenvolve oficinas profissionalizantes com as crianças da comunidade, para que a nova geração cresça com novos olhares para a cerâmica marajoara, de algo que é do presente, não apenas do passado. Paralelo a isso, Ronaldo incentivou a criação de um movimento cultural centrado nas rodas de carimbó e na gastronomia, autogerido pela comunidade.
Notícias Relacionadas
