Planta venenosa mata mulher em MInhas Gerais
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Uma tragédia chocou Patrocínio, no Alto Paranaíba (MG): Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após consumir uma planta tóxica confundida com couve durante uma refeição familiar. A vítima estava internada desde o dia 8 de outubro, quando iniciou sintomas graves.

Segundo boletins médicos e investigações em curso, Claviana sofreu lesão cerebral grave e não resistiu ao quadro clínico agravado, vindo a falecer na segunda-feira (13).

Três parentes que também comeram a planta permanecem internados; dois já tiveram alta e um segue em estado delicado, inclusive em coma induzido.

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O que se sabe até agora

A família teria colhido a planta em sua própria chácara e usado como verdura no almoço, sem perceber o risco. A espécie ingerida foi identificada como Nicotiana glauca, também chamada de “falsa couve”, “charuteira” ou “tabaco arbóreo”.

Essa planta contém compostos alcaloides — especialmente anabasina — capazes de causar paralisia muscular e respiratória. Investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais já instauraram inquérito para apurar se o caso foi um acidente toxicológico ou envolveu outras circunstâncias.

A semelhança enganosa entre planta e hortaliça

A Nicotiana glauca muitas vezes passa despercebida por sua aparência semelhante à couve tradicional: folhas verdes acinzentadas, finas, com textura aveludada.

No entanto, a couve comestível possui folhas mais espessas, nervuras visíveis e tom mais vibrante.

Em casos de confusão, os sintomas da intoxicação surgem rapidamente: náuseas, vômitos, dor abdominal, paralisia progressiva, convulsões e risco de morte. Médicos afirmam que não há antídoto caseiro; o tratamento exige suporte hospitalar intensivo.

Casos Semelhantes e Investigações

Intoxicações graves após o consumo da “falsa couve” já foram registradas anteriormente em outras regiões, com desfechos fatais.

Uma das últimas ocorrências documentadas envolveu pessoas em estados do Nordeste, hospitalizadas após ingerir suco com folhas da planta.

O que o inquérito pretende esclarecer?

• A origem exata da planta — se cultivada pela família ou espontânea no terreno;

• Se houve falha de identificação no preparo da refeição;

• A extensão da intoxicação nos outros membros da família;

• Provas toxicológicas que confirmem a presença da anabasina no organismo das vítimas.