Foto: Divulgação
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A Meta anunciou uma nova funcionalidade para o WhatsApp que promete facilitar a vida de quem vive com conversas acumuladas. O aplicativo passará a contar com um recurso de resumo automático de mensagens, feito com o auxílio da inteligência artificial Meta AI. A novidade já está disponível nos Estados Unidos desde junho e deve ser liberada gradualmente para outros países.

O recurso permite que o usuário visualize, de forma rápida, os principais pontos de uma conversa sem precisar percorrer todas as mensagens não lidas. O sistema identifica os trechos mais relevantes e cria um destaque com os nomes dos contatos e os assuntos principais, ajudando o usuário a se situar rapidamente no diálogo.

De acordo com a empresa, o objetivo é tornar o uso do aplicativo mais prático diante do grande volume de informações trocadas diariamente. “O recurso ajuda o usuário a entender rapidamente o que perdeu, sem precisar rolar longas conversas”, informou a Meta em comunicado.

Privacidade e Inteligência Artificial

A Meta destacou que, apesar do uso de inteligência artificial, o novo recurso não compromete a privacidade das mensagens. A análise dos textos é feita por meio da tecnologia de Processamento Privado da Meta (Private Processing), que garante que as mensagens não possam ser acessadas por terceiros — nem pela própria empresa.

O sistema utiliza uma nuvem privada e ambientes de processamento isolados, conhecidos como Trusted Execution Environments, para gerar os resumos de forma criptografada e temporária. Assim que o resumo é criado, o conteúdo original é descartado e não fica armazenado nos servidores da empresa.

Expansão e Estratégia da Meta

O WhatsApp informou que o recurso está em fase de testes em inglês e será expandido para outros idiomas e regiões nos próximos meses. A ferramenta faz parte do conjunto de recursos de Meta AI, que também inclui assistentes virtuais, geração de imagens e respostas automáticas em conversas.

A chegada dessa novidade reforça a estratégia da Meta de integrar cada vez mais ferramentas de inteligência artificial aos seus principais aplicativos — WhatsApp, Instagram e Facebook — sem abrir mão do discurso de proteção à privacidade, tema sensível desde os escândalos de uso indevido de dados nos anos anteriores.

Com o novo recurso, a empresa busca equilibrar conveniência e segurança. O desafio agora será convencer o público de que a inteligência artificial pode ler sem invadir — e resumir sem violar — o conteúdo das conversas pessoais.